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Mané engole mais 14 mi do Buriti no apagar das luzes da era Agnelo

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“Adequar a planilha orçamentária em virtude das alterações nos projetos executivos, com serviços não contemplados na planilha contratual, bem como os serviços refeitos após a utilização do estádio, e que tem por objeto a execução de obras e serviços visando à adequação às exigências da FIFA.”

Se o leitor conseguir traduzir o que isso significa, ganha um ingresso para a final da próxima Copa do Mundo que for realizada no Brasil. É um prêmio vitalício. Passa de pai para filho até que se realize o jogo.

Para ajudar, fica uma dica: esse foi o argumento empregado pelo Governo do Distrito Federal para justificar mais um aditivo, agora no valor de 14 milhões de reais, destinado ao Estádio Nacional Mané Garrincha.

É um valor estranho, perdido numa montanha de 1 bilhão 500 milhões de reais, que quase ninguém se deu conta do que está por trás disso. Quem lembrou foi o repórter Daniel Brito, do Uol.

O aditivo, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, é para o principal contrato da construção, chamado de  ASJUR/PRES nº 523/2010, que estava até então na casa dos R$ 1,170 bilhão e agora saltou para  R$ 1,184 bilhão.

Pelas contas do GDF, foram necessários R$ 1 bilhão 500 milhões dos cofres públicos para construir o estádio. Os R$ 400 milhões que não fazem parte do contrato ASJUR/PRES nº 523/2010 são para itens como telão, cadeiras, cobertura.

Porém, como o aditivo divulgado na quarta-feira não mexe na casa do bilhão e nem da centena de milhão do valor final, o Palácio do Buriti garante que o investimento permanece inalterado e finalizado em R$ 1,5 bilhão.

Mas detalhar item por item, como o contribuinte gostaria de ver, o governo não faz.

Enquanto isso, as greves pipocam. Os terceirizados não limpam a sujeira porque os repasses não são feitos; os ônibus param porque motoristas e cobradores não recebem; os carros furam pneus porque as ruas estão cheias de buracos; e o governo de Agnelo Queiroz (PT), com os dias contados, deixa a capital da República ao ‘Deus dará’.

Editado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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