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Arte, suor e lágrima

Paixão de 11 em cada 10 brasileiros, futebol é tema para toda a eternidade

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@donairene13 - Foto de Arquivo

Tô quase desistindo de falar de futebol. Sério. Chega. Eu não nasci pra isso. Porque toda vez que tento bancar a comentarista, a imparcial, a analítica, eu me dou conta de que não sei ser racional quando o assunto é bola rolando.

Futebol, pra mim, não é tática, é arte, suor e lágrima. É um grito preso na garganta que sai em forma de gol. Eu não vejo um jogo, eu sinto um jogo. Cada falta é um infarto. Cada escanteio é uma epifania. Cada drible bem dado é poesia pura, verso livre em movimento.

Enquanto os especialistas discutem o 4-3-3 e o 3-5-2, eu tô aqui chorando porque o lateral correu igual um condenado e salvou uma bola quase perdida. Como é que analisa isso com frieza? Não dá.

Já tentei, juro. Já li análise tática, já assisti vídeo explicando o papel do falso nove. Mas aí começa o jogo e eu esqueço tudo. Só me lembro de gritar, pular e xingar o juiz.

Então, se você quer um comentário técnico, vá procurar outro ser humano. Porque aqui, meu amigo, só tem um coração batendo forte e olhos marejados. Futebol é minha religião, meu caos favorito. E se amar desse jeito for errado, então eu nem quero estar certa.

Talvez eu desista mesmo de comentar. Mas assistir? Ah, isso eu nunca largo. Porque no fim das contas, futebol é isso: um bando de maluco apaixonado pelo próprio time.

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