Curta nossa página


Ecos na distância

‘Te sinto na brisa que dança ao meu redor, nos gestos que a memória esculpe’

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Há ausências que não silenciam,
apenas transformam a presença
em um murmúrio que vaga no tempo,
em um sussurro bordado no vento.

Você não está aqui,
mas ainda ocupa cada instante,
como uma luz que persiste
mesmo depois de apagada.
Seu nome ecoa no espaço entre os segundos,
se espalha pela pele do tempo,
como uma lembrança que se recusa a partir.

Te sinto na brisa que dança ao meu redor,
nos gestos que a memória esculpe,
nas pausas que o silêncio afaga
como quem cuida sem tocar.

Estamos distantes,
mas o amor que nos tece
não conhece fronteiras.
Ele habita o que ficou entre nós,
como raízes invisíveis que sustentam
aquilo que nem a distância desfez.

E ainda que teus olhos se percam
em um céu diferente do meu,
a tua essência reside aqui,
construindo abrigo em cada lembrança,
fazendo da ausência um lar.

Porque há distâncias que não são separação,
mas um caminho invisível entre duas almas
que aprendem a se encontrar
mesmo sem se ver.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2025 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.