Diuturno
Poeta, o guardião das auroras e dos versos
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No véu estrelado da noite,
encontrei um sol escondido,
tecendo constelações com palavras,
cultivando jardins de eternidade.
Seus dedos bordam o tempo,
como tecelão da luz e do vento,
fazendo do mel um cântico,
e dos sonhos, barcos de velas brancas.
Olhe e veja com os olhos do coração,
ele decifra a brisa e o silêncio,
traduz a alma da terra,
onde as cartas respiram como seivas vivas.
Arquiteto dos amanheceres,
molda sentimentos em ânforas de cristal,
mantém a chama da poesia
como farol nas marés da existência.
Ama o repouso e o voo,
o relâmpago e a calmaria,
anda entre mundos invisíveis,
de algum lugar do mundo ao universo do verbo.
Do calor brotam suas rimas,
na terra ou no infinito,
sulcos tornam-se rosas,
um cipreste exalando vida.
Alguns o chamam de Poeta,
eu o chamo de eternidade…