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Brasileirão

Pernas de pau vão afundar os grandes e suor na camisa elevar os pequenos

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@donairene13 - Foto Produção Editoria de Artes/IA

No último fim de semana, resolvi assistir à 11ª rodada do Brasileirão de um jeito diferente. Normalmente, eu fico ali, grudada na tabela, fazendo contas como uma gerente de banco em fim de mês: “Se meu time vencer três seguidas, empatar uma, torcer pra aquele outro perder duas e chover canivete em São Januário, ja dá pra sonhar com o título.” Mas, dessa vez, eu cansei da ilusão. Desci a barra de rolagem da tabela e fui direto pro que realmente importa: a parte de baixo.

Sim, a zona da degola. O purgatório do futebol brasileiro. Onde a esperança é a última que apaga a luz do vestiário.

Confesso que foi revigorante. Em vez de sofrer com meu time, comecei a sofrer com os outros. O que, convenhamos, é bem mais saudável. Fiquei observando quem já está se candidatando com vontade à Série B 2026, quem ainda pode dar um gás e, claro, quem vai tentar surpreender no susto. E é aí que começam os meus palpites (não são previsões, são premonições).

Pra mim, o Mirassol vai calar muito torcedor metido a sabichão. Vai beliscar umas vitórias improváveis, classificar pra Sul-Americana, e, ano que vem, estará jogando numa terça-feira à noite em Quito, tentando entender como é que foi parar ali. Esse é o charme do futebol brasileiro.

Agora o Santos, que fase, né? O time parece uma retrospectiva triste da própria glória. Mesmo que o Neymar resolva passar ali pra dar uma voltinha, vai ser só pra fazer stories com filtro. O Santos vai cair com Neymar e tudo. E, talvez, ele nem perceba, porque estará no camarote tomando gin.

O Sport, infelizmente, também está com pinta de quem vai descer a ladeira sem freio. Tem garra, tem torcida, mas falta uma coisinha básica chamada fôlego. E Série A sem fôlego é igual fondue sem garfo: só queima.

Agora, eu fico aqui na torcida pelo Juventude. Que fique mais um pouquinho com a gente. Aproveitem, gurizada, que o inverno está chegando. Usem o frio de Caxias como trunfo! Transformem o Alfredo Jaconi num Game of Thrones verde e branco, onde ninguém sai vivo com menos de duas meias térmicas.

E olha que eu só citei três nomes entre os prováveis rebaixados, hein? Tem mais espaço nessa barca furada. E você? Vai se fazer de isento ou vai ter coragem de apontar quem mais vai cair? Vá lá, comenta com responsabilidade (ou com o fígado mesmo, que é mais divertido).

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