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Alimento da alma

Viver muito, como meu tio-avô, é ter um baú cheio de carinhosas recordações

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@donairene13 - Foto Acervo Pessoal

Ontem eu encontrei meu tio-avô, que na semana que vem fará 100 anos. Cada vez que o vejo, meu coração se enche de um calor difícil de descrever. Ele carrega no olhar a força e a doçura que vêm de uma longa estrada percorrida, e a presença dele me lembra que a história da minha família continua viva num ritmo próprio, atravessando o tempo.

Conversar com ele é como abrir um baú repleto de memórias. Ele me conta sobre a minha avó materna, que nunca tive a oportunidade de conhecer, e nesses instantes eu quase posso sentir a presença dela aqui, entre nós. Ouvir suas lembranças dá um significado especial às minhas origens e me faz pensar em como a longevidade nos dá esse privilégio: o de sermos guardiões das histórias que nos formam.

Ver meu tio-avô tão lúcido e cheio de carinho, apesar da idade avançada, me faz refletir sobre o que realmente significa viver muito. Não é apenas somar dias ao calendário, mas acumular vivências, recordações e vínculos que nos alimentam a alma. É carregar pedaços do passado e oferecê-los como um presente para quem ainda tem muito caminho a trilhar. Essa troca entre gerações, essa continuidade que ele representa, me emociona e me ensina a valorizar cada momento com quem amamos.

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