Zelensky inventa novo eixo do mal e põe Rússia, Irã e Coréia como coalização assassina

Volodymyr Zelenskyy, líder ucraniano, descreveu a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte como uma “coalizão de assassinos” durante uma visita a Londres, na qual manteve conversas com Keir Starmer sobre cooperação em defesa e como pressionar ainda mais Moscou.

O presidente da Ucrânia chegou ao Reino Unido nesta segunda-feira, 23, horas depois de o Kremlin lançar outro grande ataque aéreo contra Kiev. Envolveu 352 drones – metade deles Shaheds de projeto iraniano – e mísseis balísticos norte-coreanos, no que Zelenskyy chamou de “um ataque completamente cínico”.

Pelo menos 10 pessoas morreram e cinco prédios de apartamentos civis foram gravemente danificados. “Um grande número de drones e mísseis foram abatidos por nossos defensores aéreos — mas não todos”, postou Zelenskyy nas redes sociais.

“Todos nos países vizinhos da Rússia , Irã e Coreia do Norte deveriam pensar cuidadosamente se conseguiriam proteger vidas se essa coalizão de assassinos persistisse e continuasse a espalhar seu terror.”

Zelenskyy apoiou os ataques com mísseis de Donald Trump contra instalações nucleares do Irã e acusou Teerã de cumplicidade na invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, agora em seu quarto ano. A Ucrânia abriu mão de seu arsenal de armas nucleares na década de 1990 em troca de garantias de segurança dos EUA, Reino Unido e Rússia.

No entanto, isso não conseguiu impedir o ataque de Vladimir Putin em 2022. A última viagem de Zelenskyy ao Reino Unido foi para discutir como obrigar a Rússia a parar sua guerra, disseram autoridades ucranianas.

Sua visita anterior em março ocorreu após uma reunião desastrosa no Salão Oval, na qual Trump o acusou de “jogar com a Terceira Guerra Mundial” e o vice-presidente dos EUA, JD Vance, o repreendeu por suposta ingratidão.

As discussões de segunda-feira abrangeram sanções e o governo Trump, que até agora se recusou a punir a Rússia e praticamente encerrou as entregas de armas dos EUA para Kiev. A Ucrânia tem tentado manter Washington ao seu lado diplomaticamente, apesar de sua aparente mudança para Moscou.

“Negociaremos novas e poderosas medidas para aumentar a pressão sobre a Rússia nesta guerra e pôr fim aos ataques”, disse Zelenskyy sobre sua viagem a Londres. Além das conversas com Starmer, ele se encontrou com o Rei Charles no Castelo de Windsor e visitou soldados ucranianos em treinamento militar no Reino Unido.