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Irã x Israel

Cessar-fogo deixa aberta Lei de Talião, do olho por olho e o dente por dente

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Autor/Imagem:
Hussein Sabra el-Awar - Foto Editoria de Imagens/IA

“Olho por olho, dente por dente” é uma lei clássica gravada no Código de Hamurabi, datado de 1770 a.C., e escrito na Pérsia, atual Irã. A Pena de Talião, como é conhecida a Lei, é um conceito jurídico que se refere à retaliação proporcional ao dano causado, legitimando o direito de resposta a qualquer forma de injúria ou agressão. Portanto, muçulmanos, católicos, judeus e persas conhecem a Lei de Talião há alguns milhares de anos. No Alcorão, a Pena de Talião é mencionada em relação à justiça e à retaliação. Ela é encontrada nos livros do Antigo Testamento do Êxodo, Levítico e Deuteronômio.

Apesar do anunciado cessar-fogo entre Teerã e Tel Aviv, seria ingenuidade pensar, com base na lei milenar de Talião, que as agressões de judeus e americanos ao Irã vão ficar impunes. O líder supremo otaniano, aiatolá Ali Khamenei, rompeu o silêncio no domingo (23) afirmando que Israel está sendo “castigado” por seus atos”. Devemos lembrar que os americanos colecionam algumas derrotas em conflitos recentes com países julgados inexpressivos militarmente, como Cuba, Vietnam e Afeganistão. No Irã, a revolução islâmica derrotou o xá Mohammad Reza Pahlavi, cujo império tirânico era apoiado pelos Estados Unidos.

A manifestação de Khamenei foi a primeira após os bombardeios ordenados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra instalações nucleares iranianas. O ataque americano, batizado de Operação Martelo da Meia-Noite, atingiu as usinas de Fordow, Isfahan e Natanz. Segundo o Pentágono, a ação “devastou” o programa nuclear iraniano. Será?

O Irã não é Faixa de Gaza, habitada por subnutridos desarmados, onde Israel exibe como troféu 150 mil mortos, na maioria mulheres e crianças. O Irã é uma potência regional, com tradição militar de milhares de anos. Para driblar os mísseis balísticos transcontinentais americanos e israelenses há a eficiente guerra de guerrilha e os discretos ataques urbanos contra alvos militares e civis. O Irã possui, ainda, experiência considerável no lançamento de mísseis. Em 7 de janeiro de 2020 o país lançou mais de dez mísseis balísticos contra duas bases militares iraquianas que abrigavam tropas americanas. Seguindo a Pena de Talião, foi uma retaliação ao ataque de drones dos EUA que matou o general iraniano Qassem Soleimani alguns dias antes.

Voltando ao cenário atual, a retaliação do Irã contra os americanos ocorreu no domingo, com o ataque de 14 mísseis à base militar do Qatar, considerado fraco pelos militares dos Estados Unidos. É sabido que no xadrez, os peões são movidos e sacrificados enquanto se monta uma estratégia para aniquilar o adversário com o xeque-mate.

Condenado à morte, no velho estilo faroeste americano, o Aiatolá Khamenei está recluso e fortemente protegido em um bunker, localizado em lugar ignorado, obviamente. Há uma apreensão no ar com a expectativa de novos assassinatos. O Irã informou que vinte comandantes de alto escalão e seis cientistas nucleares foram mortos em ataques israelenses.

Agora, com essa ‘paz’ supostamente temporária, é dar tempo ao tempo e aguardar os acontecimentos.

No Êxodus, os judeus iniciaram a diáspora guiados por Moisés e sob a proteção divina, quando Deus lançou 10 pragas sobre o Egito como represália à desobediência do faraó Ramsés II às ordens do Senhor, insistindo em manter os judeus escravizados. E deu no que deu. Os Egípcios foram severamente punidos enquanto milhares de retirantes buscavam a Terra Santa.

Neste ano cabalístico de 2025, impulsionados pelo espírito guerreiro de Marte, os israelenses atacam o Irã com força total e, como se não bastasse, suplicam ajuda aos Estados Unidos. Donald Trump, a besta fera, atende irresponsavelmente e inconsequentemente aos apelos judeus no estilo bate e assopra.

Logo após os ataques às usinas nucleares iranianas e feroz bombardeio de Israel sobre Teerã, Trump anunciou o cessar-fogo, cinicamente, sem o reconhecimento do Irã, decisão ue, tomada nesta quarta, 26, veio com um p/s de vamos ver no que vai dar.

Vale lembrar que após os bombardeios “cirúrgicos” dos americanos nas instalações atômicas do Irã, não se sabe onde foram parar 400 quilos de urânio enriquecido trancados a sete chaves. Quanto aos iranianos, só lhes resta correr pra fabricar a bomba atômica. Porque se ficar sem uma arma de destruição em massa, o bicho pega.

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Hussein Sabra el-Awar é membro Conselheiro do Colégio dos Magos e Sacerdotisas – @colegiodosmagosesacerdotisas

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