Hugo Motta
Mimados, homens adultos costumam ameaçar quebrar os brinquedos
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Hugo Motta, ao ser pressionado pela opinião pública, decidiu agir como um típico moleque mimado que, ao ser contrariado, faz birra e ameaça quebrar os brinquedos. Só que, neste caso, os “brinquedos” são a democracia, a responsabilidade parlamentar e os interesses coletivos. E o “papai” que ele tenta agradar é a elite econômica e política que teme qualquer avanço em direção à justiça social.
Em uma atitude que revela total desprezo pelo debate democrático e pelos anseios do povo, Hugo Motta ameaçou entregar a relatoria da CPI nas mãos de Nicolas Ferreira, um dos nomes mais alinhados à extrema direita e ao radicalismo antidemocrático. A intenção por trás dessa ameaça é clara: tentar barrar o decreto presidencial que enfrenta os privilégios e interesses de empresários poderosos. É como se dissesse: “se vocês não deixarem eu fazer o que quero, vou entregar tudo para o extremismo”. Um verdadeiro ato de chantagem política.
Mas o mais grave não é apenas a birra, e sim a covardia. Hugo Motta prefere colocar o país em risco e entregar a condução de uma CPI nas mãos de alguém que não tem compromisso com a verdade, apenas para tentar pressionar o governo e proteger quem sempre se beneficiou com esse sistema desproporcional. É o tipo de postura que mostra de que lado ele está: não é do lado do povo, não é do lado da democracia, não é do lado da justiça. Está ao lado dos que lucram com a desigualdade, dos que têm medo de perder privilégios, dos que se desesperam quando o povo começa a se mobilizar.
Ao agir assim, ele se revela pequeno para o cargo que ocupa. Ao invés de assumir a responsabilidade de mediar conflitos e trabalhar por soluções, ele prefere ameaçar, barganhar, fazer joguinhos políticos como se estivesse em um jogo infantil. Isso não é política séria. É oportunismo barato.
Mas estamos atentos. Não vamos nos calar diante dessas manobras. Sabemos quem está lutando pelos interesses coletivos e quem está apenas defendendo seus próprios aliados. Hugo Motta pode espernear, ameaçar e fazer chantagem, mas nós não vamos recuar. Continuaremos lutando contra os abusos, manipulações e contra a entrega do país a interesses obscuros.
A democracia não é brinquedo. E nós, ao contrário de certos parlamentares, sabemos o peso do momento que vivemos. É hora de coragem, não de chantagem.