Vivinho da Silva
Lula espera 2026 para um novo encontro com a galera
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Nunca na história deste país um presidente da República teve tantos inimigos diabolicamente favoráveis como Luiz Inácio. E o que dizer do candidato Luiz Inácio da Silva? Se depender somente de seus adversários mais belicosos, ele está tranquilo e majoritariamente eleito. A família Bolsonaro, seus aliados do Congresso Nacional, governadores que também postulam o cargo e, sobretudo, os supostos parceiros externos já se encarregaram de fazer campanha para o líder petista. Mantido o atual quadro de tiros a esmo e de narrativas, bravatas e ameaças furadas, basta Lula se candidatar e correr para a galera.
Talvez nem precise de marqueteiro full time para a campanha. Inspirado no amor paternal de Donald Trump e Eduardo Bolsonaro, o slogan foi idealizado pelos próprios “patriotas”. Falem mal, mas falem de mim. Certamente é com esse bordão que o presidente Luiz Inácio pretende comunicar ao povo brasileiro que ele está mais vivo do que nunca. Também é esta a resposta que ele encaminha mental e diariamente para determinadas figuras do clã Bolsonaro. Sem mais nada para falar para o patriarca Jair, a conversa silenciosa da vez vem sendo travada com o menino fujão, traíra licenciado Eduardo Bolsonaro, hoje o grande incentivador do Lula 4.
Vagando ou trotando pelos Estados Unidos, o menino do pai não para de mentir. Esta semana, ele definiu o Lula 3 como “um governo morto” e, por isso, pediu a Donald Trump para empurrá-lo para o precipício e, de quebra, sobretaxar o país e exigir o fim do processo contra seu paizinho querido, mas sem coração. Como bom samaritano, o máximo que posso dizer é sifu no plural. Digo também que, para arrepio do falido bolsonarismo, Lula da Silva está vivo, livre, com disposição política e pronto para um novo Lula lá. Quanto a Jair Messias, nada a declarar e tudo a informar. Lamento profundamente, mas se há alguém próximo de ser velado é o papai Jair Bolsonaro.
Portanto, ao contrário do que 03 pediu a Trump, o ministro Alexandre de Moraes já encomendou o caixão e as velas pretas. E saibam todos que não é para Lula. Depois de “matar” o Lula 3, o mancebo da patriotada mentiu mais uma vez ao afirmar que a direita lidera todas as pesquisas de intenção de votos para presidente da República por causa da insatisfação popular com a atual gestão. Perdeu novamente. No tête-à-tête imaginário com Donald Trump, Dudu Bolsonaro disse ainda que Lula não conseguirá se manter no poder nas próximas eleições presidenciais. Será que ele é vidente e ninguém sabia? Será que estou vivendo em outro país?
Depois do tarifaço e do Bolsonaraço, com certeza não. Conforme o sumido deputado, “as pessoas estão percebendo que Lula não é aquilo que parecia ser”. Que pessoas? Os bolsonaristas raiz, é claro, aqueles que se mantêm firmes na babação de ovos. Os que faz tempo já mudaram de lado têm certeza de que Bolsonaro nunca foi aquilo que dizia ser. Esses provavelmente engrossarão a lista dos que votarão contra o mito em 2026. Somados aos últimos 17 tiros do clã Bolsonaro, os 22 de Dudu mentiroso na terra de Tio Sam foram todos no pé direito. Os estilhaços sem fogo acabaram nos pés dos esquerdos. Coisas de amadores profissionais.
O derradeiro tiro na culatra ocorreu na inesquecível tarde do dia 9 deste mês, data em que, a pedido de 03, o presidente dos Estados Unidos enterrou de vez qualquer chance presidencial envolvendo a família golpista. Pouco antes, o menino mimado havia dito a um bando de loucos norte-americanos que, pouco importa o que façam com o Jair Bolsonaro, pois “as pessoas realmente querem que um membro da família ou alguém diretamente ligado a ela volte a liderar o país”. Sifu pela nonagésima vez. E agora definitivamente. É o início do fim para os Bolsonaros, cujo pai, como eterno capacho, não consegue entender o que é soberania de uma pátria.
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Armando Cardoso é presidente do Conselho Editorial de Notibras