Vida de nordestino
Quem esquece de onde veio, não sabe para onde vai…
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A vida no nordeste tem cheiro de terra quente, de sol que castiga, mas também de esperança que nasce nas brechas de cada amanhecer. Aqui, o suor se mistura com a coragem, e o riso, mesmo apertado, se faz presente. Somos filhos de um chão que já viu dor, mas também resiliência, de um povo que não se deixa abater pelas intempéries, mas que, com cada batalha, se fortalece ainda mais.
Quem esquece de onde veio não sabe para onde vai, e o nordestino carrega no peito essa sabedoria de quem nunca se distancia das raízes. Nossos avós, que labutavam na roça, que enfrentavam a seca com a coragem de quem sabia que a vida, apesar de tudo, seguiria em frente. É preciso lembrar de onde viemos para entender a força que nos move, para saber que, no calor do sertão ou na brisa quente do litoral, somos feitos de história, cultura e luta.
A vida nordestina é dura. São horas de trabalho pesado, enfrentando a seca implacável ou a chuva que chega tarde, quando já não há mais esperança para a plantação. Mas é também um grito de liberdade, uma dança no ritmo do forró, uma comida feita com o sabor da alma, que une famílias e fortalece laços. Na luta, sabemos que temos a força do povo que resistiu aos ventos mais fortes, às mais longas estiagens, e que se ergue novamente quando a adversidade chama.
O nordeste não é só dificuldade, é também alegria que brota do chão rachado, é a beleza do mar que beija a terra e da serra que acolhe os olhos com suas paisagens serenas. Somos resistência e encantamento, porque nossa luta é marcada por uma paixão que, mesmo nas maiores provações, nunca se apaga.
Assim, quem esquece de onde veio, perde a conexão com o que realmente importa: a força das raízes, a sabedoria dos antigos, o orgulho de ser nordestino, a fé que nos guia. Nós, nordestinos, somos a prova viva de que, mesmo nas condições mais difíceis, a vida sempre encontra um jeito de seguir. Afinal, a vida é dura, mas somos mais duros ainda. E é isso que nos faz tão únicos.
E, ao olhar para o horizonte, com o sol se pondo atrás do sertão, entendemos que não importa onde a vida nos leve, sempre saberemos o valor de nossa terra, de nossa gente. Somos nordeste, somos força, somos o Brasil que não desiste, não se rende.