Curta nossa página


Trio do mal

Todos sabem que maldade é uma carta que sempre volta para o remetente

Publicado

Autor/Imagem:
Mathuzalém Júnior - Foto de Arquivo

A cinco dias de o trio Pato Donald, Bozo e Bozo filho se igualar ao cão sarnento nas maldades contra o mundo, pelo menos está confirmado o que a maioria da população já sabia faz sete anos: Infeliz por natureza, o homem que se vende pelo poder recebe sempre muito menos do que sonha. É chato e triste, mas é notório que os brasileiros não têm mais qualquer interesse por aqueles que jamais se interessaram por eles. Muito mais emblemático, inteligente, correto e líder político mundial do que Donald, Abraham Lincoln cunhou uma frase que certamente os três discípulos mais recentes do demo ainda não leram.

“Seja lá o que você fizer, seja bom nisso”. Eles não são. Tanto que, ao decretarem o tarifaço contra as exportações do Brasil, se perderam na ânsia de prejudicar uma nação e seus nacionais, esquecendo que “ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento”. Eles também não são. Pelo contrário. Preocupados somente com o veneno que destilam, se calam diante dos protestos da sociedade que agridem e acabam se transformando em covardes para todo o planeta.

A forma como um deles aparece para o mundo nos leva a crer que o povo não deve temer seu governo. Considerando as reações do eleitorado daquele rico, mas nojento país, seu governo é que precisa temer o povo. Exatamente como ocorreu no Brasil, onde boa parte dos eleitores percebeu a tempo que os que têm medo da infelicidade nunca conseguem ser felizes. Depois de uma única vitória do ódio, ficou provado que o voto consciente é mais rápido do que a bala.

Não tenho lampejos de vidência, mas, a menos que meus neurônios avulsos estejam rompidos, acho que o trio da maldade não nasceu para dançar, para cantar, muito menos para liderar com apoio das massas. Com as graças de Lúcifer, eles nasceram simplesmente para serem outros. Nada mais do que isso. Seguindo os ensinamentos do escritor moçambicano Mia Couto, diria a dois deles (os brasileiros) que, muito melhor do que andar descalço, é não tropeçar na vida com os sapatos dos outros.

Concebido para minar a força de uma autoridade brasileira que dificilmente se curvará às maracutaias daquela família de coiotes, o tarifaço que impuseram ao país incomodará a gregos, troianos e baianos. Entretanto, os mais atingidos serão os paulistas, catarinenses, goianos, mineiros, paranaenses, mato-grossenses, cariocas e brasilienses liderados por aqueles que fizeram vista grossa à quantidade de veneno destilado na direção do governo, mas com respingos óbvios na sociedade. Diz o ditado que os maldosos jamais alcançarão a vitória.

Se alguém duvida, sugiro visitas mais corriqueiras aos alfarrábios dos pensadores. Para a maioria deles, a maldade é uma carta que sempre volta para o remetente. É o sonho mais sonhado pelos brasileiros. Quanto ao citado diabólico trio, o tarifaço intervencionista não será suficiente para acabar com a esperança de um povo forte, de um presidente corajoso e de um magistrado destemido que levou o triunvirato do mal à loucura. Para esses, vale repetir que o futuro tem muitos nomes. Para os fracos, como eles, é o inatingível; para os temerosos, o desconhecido; e para os corajosos, a oportunidade. Mais uma vez valho-me do romancista francês Victor Hugo para reiterar que viver é desenhar sem borracha. Quanto à infelicidade dos ingratos, isso faz parte da infelicidade deles.

………………………

Mathuzalém Júnior é jornalista profissional desde 1978

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2025 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.