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Perda irreparável

O tempo perdido é o que vale muito mais que o ouro

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@donairene13 - Foto Produção Editoria de Artes/IA

Sempre ouvi dizer que o tempo é dinheiro, mas nunca consegui concordar com essa frase. Pra mim, o tempo é vida, é afeto, é memória. Dinheiro, a gente perde e recupera. Mas o tempo… ah, o tempo não volta. Ele tem um jeito curioso de se comportar: pra uns, passa voando; pra outros, se arrasta como um relógio sem pilha. Cada pessoa enxerga o tempo com suas próprias lentes, carregadas de experiências, sonhos e ausências.

Já reparei que, quando estou feliz, as horas parecem brincar de esconder. Escorrem rápido, quase sem deixar vestígios. Mas quando a saudade aperta, quando a dor se instala, os minutos pesam, cada um deles um fardo. E é assim mesmo, relativo, pessoal, impossível de padronizar. Não existe régua que meça o tempo de duas pessoas da mesma forma.

Por isso não aceito que ele seja reduzido a um valor monetário. Do que adianta ter a conta cheia se você não viu seu filho aprender a andar? Se não estava lá quando sua filha jogou o chapéu pro alto na formatura? Se não viveu as pequenas coisas que dão sentido aos dias? O tempo não se compra, não se negocia, não se devolve.

A verdade é que o tempo está nas nossas mãos, mas é líquido, escorregadio. Se a gente não presta atenção, ele se perde entre compromissos vazios, preocupações desnecessárias, metas que não alimentam a alma. Eu quero cuidar do meu tempo como se fosse um jardim, regar com presença, com amor, com experiências que valem mais do que qualquer moeda. Porque, no fim das contas, o tempo não é dinheiro. O tempo é tudo o que a gente tem.

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