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Véus de saudade

Minhas recordações

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Hoje despertei envolta em véus de saudade.
As promessas do teu amor eterno faziam-me sentir como uma divindade moldada pela ternura.

Sonhava em viver contigo cada estação do ano,
como quem carrega no peito um relicário de esperanças.

Fecho os olhos e nos vejo,
caminhando entre flores que dançam ao vento da primavera,
como se o tempo nos abençoasse com pétalas de eternidade.

Neste instante de nostalgia,
anseio por reviver nosso amor sublime, etéreo,
feito da matéria dos sonhos e da luz das estrelas.

Minha alma, como ave em liberdade,
voa pelos campos da existência à tua procura,
guiada pelo perfume da tua lembrança.

Teu sorriso inefável como o brilho da lua sobre o mar
invade minha mente, e teu corpo se desenha em minha memória
como escultura viva esculpida pela paixão.

Ouço o compasso do teu coração,
ritmado com o meu, que pulsa desordenado
pelos desejos que ainda ardem em silêncio.

É belo recordar nossos instantes:
um amor que não se curva ao tempo,
que habita minha alma como chama que não se apaga.

A solidão, um dia, retornará com sua sombra,
como o destino de quem ama profundamente.
As noites serão longas, mas terei a certeza:
nosso amor volátil como o vento, eterno como o céu
sobreviverá na lembrança e na saudade.

Quero sonhar contigo sempre,
sentir teus beijos ardentes como o sol que aquece a pele da manhã.

Antes que o dia desperte,
quero viver a doce ilusão de teus lábios
beijos inefáveis que me fazem renascer.

Assim, guardarei cada lembrança desse amor,
que como um rio sem fim,
jamais será interrompido por secas ou pelas mãos desastradas do homem.

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