Acróstico a Alessandra
Mulher filha da natureza
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Ah, se eu pudesse
ter um pouco da doçura
e também da formosura
que em ti floresce!
Lamento não trazer no meu olhar,
dos teus olhos pequeninos,
o brilho cristalino
que te rouba o luar!
E essa fragrância da madrugada
que no corpo trazes enveredada
emprestando-te o frescor da primavera,
seduz lânguida o cheiro da alvorada,
é mais doce que uma rosa perfumada,
tê-la em mim, ai, quem me dera!
Seria o mesmo que, de manhãzinha,
ao nascer de um lindo dia
não acordar na cama minha,
mas, sim, na relva da padaria!
Ah, se tivessem
os lábios meus
as vinhas que crescem
nas curvas dos teus,
não seria preciso
roubar-te um beijo
pra ter comigo,
dos mais férteis vinhedos
um cálice de vinho tinto
e matar o meu desejo!
Regozijo-me, no entanto,
ao saber que os teus encantos
não são exclusivos, com certeza!
Assim, quando te ver me for incerto
e os teus primores eu quiser bem perto,
buscá-los-ei na natureza!