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Da cozinha pra trás

Projeto trumpista quer fazer da mulher um mero depósito de esperma

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@donairene13 - Francisco Filipino

Recentemente, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, compartilhou um vídeo em sua rede social no qual diversos pastores cristãos afirmam que mulheres não devem ter direito ao voto. Ler essa notícia me causa uma indignação que é difícil até de colocar em palavras.

Estamos em pleno 2025 e ainda tem gente, e não qualquer gente, mas o secretário de Defesa dos Estados Unidos, defendendo e promovendo publicamente a ideia absurda de que mulheres não deveriam ter direito ao voto. Isso é um escárnio com todas as lutas, vidas e séculos de resistência das mulheres para conquistar direitos básicos.

O mais revoltante é ver esse tipo de pensamento vindo embalado em discurso religioso, como se fosse vontade divina. Mas isso não é fé, é controle. Não é moral, é machismo institucionalizado. É usar a religião como ferramenta para subjugar e calar metade da população, reduzindo mulheres a uma posição de obediência silenciosa.

Que um alto funcionário de governo, próximo de Donald Trump, compartilhe e valide essas ideias é mais que uma opinião pessoal. É uma sinalização política perigosa. É o flerte aberto com um projeto de poder que busca impor um modelo de sociedade excludente, autoritário e patriarcal.

O recado é claro: mulheres, voltem para casa, cuidem dos filhos, deixem que os homens decidam por vocês. Só que não. Não voltaremos para o silêncio. Não entregaremos direitos conquistados com sangue e suor. E cada vez que um líder poderoso tentar nos empurrar de volta para as sombras, vamos responder com luz, voz e resistência.

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