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O julgamento

Setembro começará quente (e não é pela Primavera)

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@donairene13 - Foto de Arquivo

O ministro Zanin marcou para 2 de setembro o julgamento de Bolsonaro no STF, por trama golpista. Sabe aquele momento em que o roteiro da história parece finalmente engrenar para o clímax? É isso. Não estou falando de revanche, mas de responsabilidade. Um ex-presidente e outros sete réus respondendo por crimes contra a democracia não é coisa pequena. É o tipo de capítulo que vai parar nos livros de História. E eu, sinceramente, quero estar viva, lúcida e com a pipoca pronta para assistir.

A expectativa é que sejam cinco dias de julgamento ao longo de duas semanas. Ou seja, teremos tempo de sobra para acompanhar cada voto, cada argumento, cada olhar enviesado no plenário. Tempo também para ver quem ainda tenta se equilibrar no fio da navalha entre a justiça e a conveniência política.

Não sei se o desfecho será aquele que muitos de nós gostaríamos, já que o Brasil adora flertar com a impunidade. Mas só o fato de o processo chegar a essa etapa já é um recado: a democracia não é um brinquedo na mão de quem se acha acima dela.

Setembro vai começar quente. E, dessa vez, não é por causa da primavera. É porque o julgamento de um projeto golpista está prestes a acontecer. E, quem sabe, a história resolva nos brindar com um daqueles raros momentos em que a justiça não atrasa e nem falha.

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