Todos nas ruas
Enquanto Congresso joga pedras, povo cria escudo e defende a democracia
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Hoje eu saio às ruas com a certeza de que não podemos nos calar. O Congresso, que deveria zelar pela democracia e proteger nosso futuro, insiste em pautas absurdas. Entre elas, a tentativa de diminuir as penas de quem tentou dar um golpe de Estado. É revoltante.
O Brasil já viveu um regime autoritário e sabemos bem o que isso significa. Não havia liberdade, não havia voz, não havia garantias. Pessoas foram presas sem julgamento, sem sequer uma acusação formal. Centenas foram assassinadas ou desapareceram, deixando famílias para sempre em busca de respostas que nunca vieram. Esse é um passado doloroso que jamais deveríamos permitir que retornasse.
Diante dessa memória, seria natural esperar que o Congresso agisse com firmeza, punindo com ainda mais rigor qualquer tentativa de destruir a democracia. Mas, em vez disso, assistimos à movimentação de parlamentares que tentam suavizar a gravidade do crime de golpe. É como se estivessem dizendo que atentar contra a soberania popular não é tão grave assim.
É por isso que hoje, junto a tantos outros brasileiros e brasileiras, estarei nas ruas. Não é apenas um ato político: é um ato de sobrevivência democrática. Não aceitaremos retrocessos, não permitiremos que a história se repita. A democracia precisa de vigilância constante. E nós estamos alerta.