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Os Bolsonaro

Depois da fala do Trump, é hora do clã já ir embora

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Autor/Imagem:
Sonja Tavares - Foto de Arquivo/ABr

Nada melhor do que um dia após o outro e Deus em todos eles. O doutor tempo é sábio. Como determina o roteiro da vida, tudo muda em segundos. Às vezes, leva semanas, meses e até anos. Pouco importa. Importante é que, após as dores do mundo, as velhas piadas voltam a ter graça. É a população brasileira pouco a pouco se tornando o que sempre foi. Como na véspera de um feriado prolongado, o povo está sorrindo de orelha a orelha. Sem medo dos que fazem da mentira a mais mentirosa das verdades, o Brasil vive o clima de um recomeço que parecia distante.

E recomeçar longe do caranguejal chamado clã Bolsonaro certamente será mais leve do que insistir no que foi terrível para o país. Aliada à cretinice da extrema-direita sem nexo e sem rumo, a família se utilizou de formas tresloucadas, ameaçadoras e odiosas para fazer política. Conscientemente, seus membros ultrapassaram todos os limites, inclusive os do bom senso. Portanto, chegou a hora do retorno. O ódio destilado ao longo dos últimos anos começa a atingir em cheio o peito sem coração do grupo, cujo objetivo era unicamente se apossar do Brasil para, oportunamente, doá-lo aos Estados Unidos de Donald Trump.

Perderam o poder, o capital político, o respeito e, em breve, perderão a liberdade. Embora seja cristã e fervorosa defensora da vida, prazerosamente engrosso a extensa lista dos brasileiros que odeiam o clã. Faço parte do povo que pensa e que não quer sequer ouvir seus nomes. Imaginem pronunciá-los. Mais do que desprezíveis, abomináveis e intragáveis, os Bolsonaro são insanos, dementes, desatinados e asquerosos do tipo baratas de esgoto. Como nem o diabo quer vê-los vivos, resta a cada um deles a cadeia, o lodo, a portaria de uma casa vermelha ou um lugar na enorme fila para lamber as botas do “ídolo” Donald Trump, o democrata que adora as democracias que o obedecem.

Ouvinte atenta dos recados que chegam das ruas, prefiro sempre as pessoas que falam “pobrema” àquelas que os criam. Por isso, como contribuinte, patriota, cidadã e brasileira de verde, amarelo, azul e branco, estou até a tampa com a família Bolsonaro. Sei que seus ouvidos moucos não alcançam os sons estridentes dos que pregam a paz e, em nome dela, defendem fervorosamente a democracia. Mesmo assim, sugiro que sigam o aconselhamento do ex-rei da Espanha, Juan Carlos, e se calem. Se possível, para sempre.

Se querem saber, nem mesmo seus aliados com pelo menos um neurônio aguentam mais o bolsonarismo, tampouco os Bolsonaro. Engoliram e engolem porque são oportunistas e aproveitadores. Se duvidam, aguardem o ocaso de Jair Bolsonaro e contabilizem o que sobrar dos “amigos”. Triste atestar, mas o clã não engana mais ninguém. Parem de se vitimizar, esqueçam que um dia tiveram poder, larguem o osso e deixem o Brasil e o povo brasileiro em paz. Vocês não são, nunca foram e jamais serão salvadores de coisa alguma.

Pelo contrário. Como sanguessugas, do pai ao filho metido a garanhão, não passam de bravateiros, embusteiros e fofoqueiros. Sejam sensatos uma vez e façam o que a maioria dos brasileiros espera. Repitam o gesto imortalizado pelo apresentador Raul Gil, peguem seus banquinhos, os bonés e se piquem. Não sou eleitora, vizinha ou amiga de um amigo do amigo da família, da qual quero distância. Entretanto, como brasileira, prometo enviar um cartão postal no primeiro aniversário do patriarca na salinha da reclusão. Antes disso, talvez mande  flores para o, quem sabe, futuro amigo Donald Trump.

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Sonja Tavares é Editora de Política de Notibras

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