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Sem ingenuidade

Força da alegria do povo nordestino não morre nem que o burrico tussa

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Autor/Imagem:
Acssa Maria - Texto e Foto

No Nordeste, a vida pulsa em ritmo próprio. É o batuque do tambor nas festas populares, o riso fácil que ecoa no alpendre das casas simples, o cheiro de café fresco misturado à terra molhada depois da chuva esperada. Ali, a força do povo não se mede apenas pelo suor derramado no roçado, mas pela capacidade de transformar dureza em esperança.

A alegria nordestina não é ingênua. Ela nasce da luta diária, do improviso diante das dificuldades e da certeza de que o amanhã sempre guarda uma nova chance. É o riso da criança correndo descalça pelo chão de barro, é o abraço apertado de quem recebe um visitante como se fosse da família, é o canto que se levanta, mesmo quando o silêncio da seca insiste em se impor.

Esse povo, feito de resistência e ternura, carrega no peito uma herança de coragem. Mas o que mais impressiona é que, mesmo diante da dureza da vida, nunca perde a festa do coração. Porque no Nordeste, força e alegria andam lado a lado, como se fossem duas faces de uma mesma fé: a fé na vida que segue, no chão que floresce, e no amanhã que sempre pode ser melhor.

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