Leituras
Mas o vento só trouxe gritos contra os cruéis atos
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Edna Domenica - Foto Francisco Filipino
“O compositor me disse […] pra escutar o vento jogando as palavras pelo ar.” (Gilberto Gil).
Mas o vento só trouxe os gritos vindos de Gaza…
E insônia, e revolta e sentimentos indesejados de repulsa aos cruéis atos.
Não sei porque pessoas de bem leem determinados livros…
O Antigo Testamento tem incesto, poligamia, sacrifício de animais e de humanos, guerras constantes entre tribos, disputas entre irmãos. Mas o pior de tudo é o delírio sobre a existência de um único povo “prometido” (promessa essa decretada por um deus “pessoa” e do sexo masculino).
O Novo Testamento tem uma visão mais dialógica, mas muitas pregações neopentecostais acabaram com o que se chamava valores cristãos, tais como solidariedade, acolhimento, amor, caridade e compaixão.
Os pastores empresários e as mulheres carentes e mal relacionadas com a própria sexualidade foram pilares de oportunistas do ramo da política partidária, de influenciadores “aves de rapina”, assim como dos abutres da escola pública, laica e presencial.
E em transe de indignação sou antirrosa atômica que evoca alento num canto:
“Meu pai Oxalá é o rei, venha me valer.
E o Velho Omolu”
que cure a crueldade
que avassala a humanidade.
Que a ética abrande o cruel mito
do supremacista povo “prometido”.
Atotô Obaluaê atotô Babá
Doce canção me disse que eu rezasse
“como se o vento soprasse pela boca,
vindo do pulmão”.
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