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Guerra diplomática

Pequim e Washington entram em rota de colisão pelo Canal do Panamá

Publicado

Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque , Edição- Foto Reprodução/Sputniknews

A embaixada chinesa no Panamá criticou na segunda-feira os comentários do embaixador dos Estados Unidos no Panamá, Kevin Marino Cabrera, sobre a suposta interferência de Pequim em questões relacionadas ao Canal do Panamá.

No domingo, Cabrera disse em uma entrevista ao jornal Contrapeso que a China tinha influência “maligna” no Canal do Panamá, acusando Pequim de ataques cibernéticos e corrupção e ameaçando cancelar vistos para aqueles que cooperassem com empresas chinesas.

“As declarações do embaixador dos EUA sobre a China não têm base factual nem justificativa científica; visam provocar conflitos entre a China e outros países da região. Privar esses países de sua independência diplomática atende aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, gerando mais críticas e oposição”, afirmou a embaixada chinesa em um comunicado.
A China adere ao princípio de “consulta conjunta, construção conjunta e uso conjunto” em cooperação mutuamente benéfica com todos os países, diz a declaração.

“Os projetos de empresas chinesas no Panamá e em outros países latino-americanos contribuem significativamente para o desenvolvimento socioeconômico. Produtos chineses de alta qualidade a preços baixos são populares. A declaração do embaixador dos EUA lança dúvidas sobre a capacidade dos países da região de pensar com sensatez e ridiculariza a população local”, afirmou a embaixada.

Pequim pede que Washington deixe de lado a arrogância e o preconceito e “se concentre nas questões que realmente contribuem para o desenvolvimento dos países da região e o bem-estar de seus povos”, acrescentou a embaixada.

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