Paz
A Aleatoriedade Que Me Salvou
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Ultimamente tenho vivido no automático. Mas não aquele automático triste, de quem desiste e sim o de quem cansou de forçar o destino.
Eu acordo, respiro e deixo a vida me conduzir. Assisto a um filme porque alguém indicou, ouço uma música por acaso, escolho o caminho que o vento decide. E, de alguma forma, isso tem me curado.
Nem sempre fui assim. Antes, eu precisava ter o controle de tudo as respostas, os planos, os porquês. Mas o controle também cansa. E quando o cansaço pesa mais que o desejo, a gente aprende a soltar.
Foi quando percebi que a aleatoriedade é uma forma de Deus falar baixo com a gente. Nas coincidências, nos atrasos, nas pessoas que chegam sem aviso. Tudo aquilo que eu chamava de acaso hoje entendo como direção.
Deixar a vida me levar tem me ensinado a dizer não. Não ao que pesa, não ao que força, não ao que prende.
E, no meio desse caos leve, eu encontrei algo raro: a paz de não precisar entender tudo.
Talvez amadurecer seja isso parar de procurar sentido em tudo e começar a sentir o que realmente faz sentido.