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Freguês antigo

Monólogo, calote no BNDES e dinheiro para a esquerda da Torre de Babel latina

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Autor/Imagem:
Ka Ferriche - Foto Editoria de Artes/IA

Alguém duvida da teoria do universo paralelo? Depois de ter patrocinado os metrôs de Caracas e Los Treques, a ponte sobre o rio Orinoco, siderúrgica e estaleiro na Venezuela, o BNDES deixou de mandar boletos para aquele país. O freguês já disse que não paga e ponto.

O argumento para a inadimplência com o Brasil é o de que a dívida já havia sido paga com o financiamento das campanhas dos líderes de esquerda na América do Sul, incluindo a do expoente do PT.

O enredo, já conhecido, tem como agentes a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, que receberam os devidos honorários e repassaram dividendos aos seus acionistas. Tudo isso no universo paralelo, segundo investigadores de várias nações, onde aquelas construtoras pintavam e bordavam.

Um mero ex-funcionário do Tesouro, Marshall Billingslea, jurou sobre a Bíblia no Senado dos EUA, que a Venezuela financiou diversas campanhas do lado debaixo do Equador e agora cobra a contrapartida. Não vai pagar os brasileiros e fim de papo.

Críticos do BNDES encontram na revelação de Marshall a justificativa para que o Brasil jamais cobre as dívidas bilionárias daquele recanto particular de Maduro; nem critique as eleições venezuelanas; nem comemore o prêmio Nobel conferido a Maria Corina. É o toma lá dá cá do universo paralelo.

Um dos supostos beneficiários da grana de Maduro decidiu escancarar e voltou a dizer, em Jacarta, que vai mudar a moeda em transações comerciais entre países. Prabowo Subianto, dono da Indonésia, apenas ouviu e esboçou um sorriso amarelo, claro. Dizem que ele só gargalha quando examina seu currículo, que traz milhares de assassinatos de desafetos, incluindo a decapitação de bebês. Mais um ditador que tem credencial para se unir aos Brics.

Outra análise que corre nos bastidores é a de que a fala do octagenário carmim, em Jacarta, sobre abandonar o dólar em transações, foi para irritar Donald Trump e com isso cancelar uma prometida reunião em Kuala Lumpur, Malásia. Cara a cara, quando a macheza garanhuense que divide com seu conterrâneo e correligionário Randolfe Rodrigues, deverá ser contida.

Em uma reunião presencial com Trump, não seriam aceitáveis os característicos rompantes de bom de porrada, que encara todas, que chuta a bunda do Tio Sam, que a taxa de 50% nem faz cócegas, que os gringos são ricos mas que a nobreza está com os pobres, que vai aproveitar a conversa para fazer propaganda da picanha da JBS. Como faz em redutos exclusivamente vermelhos no Brasil. Nem sabe se a conversa será um monólogo em língua inglesa, com o enquadramento de suas atitudes, com a revelação de que os EUA não querem um país comunista do tamanho do Brasil na América do Sul.

Para ter que ouvir tudo caladinho, melhor nem ser convidado. Foi a provável providência tomada pelo Itamaraty. Ao assumir o enfrentamento com os EUA, acreditando que Xi Jinping é seu treinador no corner do ringue, plantado para defendê-lo se os golpes forem fortes demais, pode acabar sozinho e nocauteado. O chinês que tem sangue de barata, que é sua refeição, é indiferente a qualquer coisa que se movimente e não fale mandarim. Cada um com seus problemas.

– Ô, Baidi, viu? Dei um cruzado de esquerda naquele loiro de vocês, he he he

Hello, meu friend, o cara, como dizia Obama. Vocês avançaram muito aí no Brasil.

– Avançamos mesmo, avançamos sobre o Congresso, sobre a Justiça, sobre a Constituição, sobre o orçamento, Baidi, precisa ver.

– Mas, o cara, você está avançando demais sobre o Trump. Ele não gosta disso e é vingativo. Viu o que ele fez comigo nas eleições…

seguro, Baidi, aqui disseram que só precisavam de dois homens para tomar o poder, um cabo e um soldado, e não conseguiram. Eu consegui com apenas um homem e uma caneta.

– Mas nós não gostamos de comunistas nem de ditadores, você sabe, o cara. Pode ter problemas aí no Brasil.

– Aqui só temos problemas, é nossa especialidade, Baidi. Acabo de dizer que não pretendo ingressar no Narcosul, que é o mercado comum da América do Sul. Tem um caguete preso nos Estados Unidos, um tal de Frango, que está entregando todo mundo – trata-se de Hugo “El Pollo Carvajal, ex-agente da inteligência venezuelana.

– Ok, o cara, cuide da família.

– Agora é fácil, o nepotismo foi aprovado também. Aqui é goleada.

– Mas liguei mesmo foi pra saber como está a sua saúde, Baidi.

– Quem está falando? – Joe Biden só ouviu o tum, tum, tum

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