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PL Antifacção

Derrite encarna Rolando Lero, mas sem menor graça

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@donairene13 - Imagem de IA

Nesta terça-feira, Derrite apareceu com a sexta versão do PL Antifacção. Sim, a sexta. Já virou praticamente um folhetim legislativo, daqueles que a gente acompanha mais por curiosidade do que por esperança. E cada capítulo novo consegue ser mais confuso do que o anterior.

Toda vez que vejo Derrite tentando explicar o próprio projeto, me vem à cabeça o personagem Rolando Lero, eternizado pelo Rogério Cardoso na Escolinha do Professor Raimundo. Porque Derrite é a reencarnação política do personagem: fala, fala, fala… e no fim ninguém entende o que ele quis dizer. Ele tangencia o tema, circula pelo assunto, dá voltas, cita conceitos soltos, tenta parecer profundo, mas a verdade é que não tem a menor ideia do que está tratando. Igualzinho o Rolando Lero, que arrancava risadas justamente por isso. A diferença é que, no caso do Derrite, não tem graça nenhuma.

Não à toa, a ministra Gleisi Hoffmann chamou essa confusão de “lambança legislativa”. E, olha, não existe termo mais preciso. É lambança, sim: desorganizada, atabalhoada, sem coerência. Um projeto que muda seis vezes em tão pouco tempo mostra exatamente isso: que Derrite não sabe onde quer chegar, não sabe o que quer propor e, pior, não entende a complexidade do tema que pretende regular.

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