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Eleições 2026

Pré-candidatos ao governo do DF precisam se aproximar do povo

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@donairene13 - Foto de Arquivo

Tenho acompanhado o debate sobre a sucessão no governo do Distrito Federal e confesso que, até aqui, os pré-candidatos me parecem distantes do povo. Há muitos nomes circulando, muita movimentação de bastidores, mas pouca escuta real das demandas concretas de quem vive o DF no dia a dia.

Vejo Paula Belmonte, que saiu do Cidadania e agora está no PSDB, partido que ainda carrega o peso histórico de figuras como Aécio Neves. Vejo Celina Leão, apresentada como a sucessora natural que Ibaneis Rocha quer eleger. Vejo Ricardo Cappelli, que ganhou projeção ao assumir a intervenção na segurança pública após o 8 de janeiro. Vejo também José Roberto Arruda, velho conhecido do eleitorado brasiliense, agora no PSD de Kassab, mas ainda cercado de incertezas. E, do outro campo, surgem nomes como Leandro Grass ou Geraldo Magela pelo Partido dos Trabalhadores.

Ainda há muita indefinição. E isso pesa.

Enquanto os arranjos políticos seguem em aberto, a população de Brasília quer respostas. Quer a ampliação do metrô e, sim, inclusive para a Asa Norte, algo que há décadas se promete e nunca se concretiza. Quer melhoria real na segurança pública. É inaceitável que, no Distrito Federal, praticamente não exista policiamento ostensivo como se vê em tantas outras cidades do país. Não vemos a Polícia Militar caminhando pelas quadras, dialogando com a comunidade, prevenindo crimes. Falta contingente, falta estratégia, falta presença do Estado.

E há ainda uma ferida aberta que não pode ser normalizada: o número crescente de feminicídios. O DF figura entre as unidades da federação com altas taxas de assassinato de mulheres. É inaceitável que tantas mulheres continuem morrendo enquanto políticas públicas efetivas ficam no papel.

A saúde pública, por sua vez, segue, muitas vezes, capturada por ideologias negacionistas que desprezam a ciência, enfraquecem o SUS e agravam o sofrimento de quem depende do sistema público. Falta gestão, falta prioridade, falta compromisso.

O Distrito Federal precisa de um governador atuante, presente, que dialogue com a população e enfrente os problemas estruturais sem maquiagem. A população merece mais do que disputas partidárias e projetos pessoais. Merece um DF melhor, com políticas públicas que funcionem de verdade e coloquem as pessoas, e não os acordos de gabinete, no centro das decisões.

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