Ex-chefe do tráfico de drogas do Alemão é preso na Zona Norte
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emNesta quinta-feira (9) Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) prenderam o ex-chefe do tráfico de drogas do Complexo do Alemão, Marcos Santana dos Santos, conhecido como “Coringa” ou “Baralho”, de 36 anos. A prisão de Coringa aconteceu na Estrada Adhemar Bebiano, no Engenho da Rainha, na Zona Norte.
Segundo informações da especializada, Marcos comandou o tráfico na comunidade entre os anos 2002 e 2005 e era o principal homem de confiança de Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP. Contra ele constava em aberto um mandado de prisão de uma condenação por associação ao tráfico de drogas.
Ainda de acordo com os agentes da DRFA, na época em que era chefe do Complexo do Alemão, Coringa comandou uma invasão de traficantes à comunidade da Rocinha, em São Conrado. Na ocasião, ele ofereceu armas, homens e carros para o traficante Eduíno Eustáquio de Araújo Filho, o “Dudu da Rocinha”, controlar o tráfico de drogas daquela comunidade, em troca de participação nos lucros.
O criminoso era procurado e o Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levassem a sua captura.
Fuga para não ser morto por comparsas
Informações apontam que Coringa deixou o Complexo do Alemão em 2005 por desentendimentos com outros líderes do tráfico na região: Antônio José Ferreira de Souza, o Tota, morto em 2008 numa guerra interna na comunidade, e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, que não aceitavam ser subordinados ao homem de confiança de Marcinho VP.
Temendo ser morto por Pezão, Coringa fugiu para Pernambuco com o aval de Marcinho VP, que lhe deu R$ 300 mil, uma espécie de “indenização pelos serviços prestados”. No estado do Nordeste, o criminoso teria comprado uma mansão, dois carros e abriu uma loja de artigos de festas.
Antes da fuga, Coringa comandou então a invasão de traficantes à Favela da Rocinha. Além de responder por tráfico, Coringa tem anotações por formação de quadrilha e homicídio. Ele chegou a ser preso em setembro de 2008, mas oito meses depois já estava nas ruas.