Jogo político
À direita ou à esquerda, eleição se ganha com propostas, sem mentiras
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Desde a criação do mundo, as pessoas se dividem em boas e más. Assim é a política brasileira. Nela, os bons e os maus podem ser encontrados tanto à direita quanto à esquerda. A diferença é a forma como pensam no Brasil e no povo. Além de varar dias e noites buscando fórmulas para desestabilizar o governo do presidente Lula, eleito democraticamente, e de trabalhar diuturnamente pela ebulição do país, o que mais faz o Partido Liberal e seus apêndices conservadores? Se depender do seu comandante figurativo, o Valdemar, nada de bom para a população.
Talvez façam de tudo para alimentar o prazer mórbido de seus parlamentares e de seus seguidores com relação ao fracasso político-administrativo de Lula, consequentemente o atraso nacional. Após uma análise rápida, fria, sem emoções e longe das simpatias partidárias, qualquer um pode facilmente provar que esse objetivo é perseguido há pelo menos seis anos. Independentemente do fracasso ou do sucesso do atual mandatário, o que os simpatizantes do caos não percebem é que, caso o barco naufrague, todos morreremos afogados, inclusive os profetas do apocalipse.
Em outras palavras, se puxar o rabo do gato, a tendência é que os ratos pereçam juntos. Considerando que toda unanimidade é burra e inoperante, obviamente que não defendo um governo de coalização entre opostos sanguinários. No entanto, a oposição bem que poderia ser propositiva e especificamente ao líder petista. O Brasil e sua população deveriam ser preservados. E isso também se aplicaria se o presidente fosse o outro. Nas escrituras sagradas está escrito que, antes de promover loucuras desavisadas e mal direcionadas, ouçamos as estrelas.
Se não conseguirmos, falemos com os pássaros ou, como hipótese derradeira, procuremos aconselhamentos em uma casa de facilidades, a popular saliência. Lá, certamente uma das funcionárias públicas do recinto terá uma palavra menos catastrófica, menos revanchista e, quem sabe, muito sensata e harmoniosa. Entendam se for possível, mas, do meu catre na varanda, eu vos direi: É ilegal e imoral tentar privar seres humanos de um dos maiores bens da vida: o direito à comida. Vocês chegaram a imaginar isso?
Por essa razão, alguns integrantes do PL, também chamado de Partido das Lágrimas ou Partido da Lotação (sempre cabe mais um), são confundidos com o mosquito da dengue, o covarde inseto que pica silenciosamente e costuma deixar sequelas irreversíveis na vida dos picados. Reitero que, de minha parte, não há qualquer proposta de sumiço da oposição. Pelo contrário. Ela será sempre bem-vinda, desde que sem histerismo, personalidade histriônica, revolta, ódio ou psicodelismos ultrapassados e desconexos. Tal e qual o que chegamos a viver sob o comando de um líder que não conseguia unir o lé com o cré.
Até aí, tudo bem. O cenário escureceu de vez quando o rapaz sem substância se juntou às Irmãs Cajazeiras (Valdemar, Silas Malafaia e Ciro Nogueira, o Odorico Paraguaçu do Piauí) e começaram a elucubrar propostas que normalmente ligavam nada a lugar algum. Enfim, limitando as críticas à forma grosseira e grotesca de conduzir um transatlântico como se fosse um jet ski, reitero que todas as falhas seriam aceitas não fosse ele capaz de fraudar um atestado de óbito com seu nome somente para questionar a inviolabilidade da urna eletrônica.
Na cabeça de quem parece temer a ejaculação precoce, o óbito poderia provar que alguém que não ele votou por ele sem que ele autorizasse. Para os que duvidam da senilidade do povo fichado no PL, vale afirmar que Luiz Inácio e o PT nada têm a ver com a derrota de um governo sem projeto e que, mesmo presente, foi o mais ausente dos últimos 35 anos. Portanto, que o PL e seus similares se deem por vencidos e não atrapalhem quem quer trabalhar. É do jogo político que tenham um candidato em 2026.
Todavia, com apoio imbrochável de especialistas em cabeças ocas, tentem mostrar ao superior que todo pedaço de pão carrega a triste história de um trigo que poderia ter sido uma cerveja. Como a fritada de político ainda é um prato em gestação, que tal vossas excelências pensarem duas vezes antes de querer levar o país para o buraco somente porque não conseguem acertar no buraco daquele que os venceu. O povo só quer que vocês disputem os votos democraticamente. Eleição se ganha com propostas e não com mentiras e sacanagens. Cuidado, pois, quando posta no ventilador, a huzzanga da vaca não perdoa o focinho de ninguém.
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Mathuzalém Júnior é jornalista profissional desde 1978