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Mil anos aC

Acaba mistério de artefatos egípcios encontrados na Escócia

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Autor/Imagem:
Ian De Martino/Via Sputniknews - Foto Reprodução

Relíquias e esculturas egípcias antigas encontradas no pátio de uma escola na Escócia há 71 anos eram uma fonte de mistério até recentemente. Os arqueólogos tiveram pouca dificuldade em identificar a sua origem e significado, mas o que os confundiu foi quando foram levados para lá e por quem.

A primeira descoberta na Melville House foi feita por um estudante em 1952 que estava cavando no quintal em busca de batatas. Era uma estátua egípcia esculpida em arenito vermelho. Outro artefato, uma estatueta de bronze do touro Apis, foi desenterrada em 1966.

Mas em 1984, um grupo de meninos encontrou uma estatueta de bronze egípcia no quintal e a levou a um museu, o que promoveu uma escavação que desenterrou mais artefatos, elevando o total para 18.

Entre eles estão parte de uma estatueta da deusa egípcia Ísis amamentando seu filho Hórus e uma placa de cerâmica com o olho de Hórus.

Os cientistas conseguiram datar os artefatos de 1.069 aC a 30 aC, mas como eles acabaram na Escócia e foram enterrados no quintal permaneceu um mistério.

Pelo menos parte desse mistério foi resolvida, dizem os pesquisadores. A casa Melville desempenhou muitas funções. Foi construída em 1697 e serviu de residência para George Melville, o primeiro conde de Melville. Na década de 1940 serviu de base para abrigar soldados durante a Segunda Guerra Mundial e depois da guerra vendida.

Os pesquisadores acreditam que os artefatos chegaram ao quintal enquanto o imóvel ainda pertenciam à família Melville. Eles acreditam que Alexander Leslie-Melville, Lord Balgonie, que era filho de David-Leslie Melville, o 7º Conde de Melville (e o 8º Conde de Leven) e herdeiro da Casa Melville, provavelmente trouxe os artefatos para lá, depois que ele visitou o Egito em 1856, um ano antes de sua morte por tuberculose.

Durante esse período, era comum que artefatos fossem vendidos a estrangeiros que viajavam pelo Egito.

Os pesquisadores acreditam que os familiares podem ter esquecido deles após transferir os objetos para um anexo, que posteriormente foi demolido.

“Escavar e pesquisar essas descobertas em Melville House foi o projeto mais incomum da minha carreira arqueológica, e estou muito feliz por contar agora a história na íntegra”, disse Elizabeth Goring, ex-curadora do Royal Scottish Museum em Edimburgo, que liderou a escavação e foi para quem os meninos levaram a estatueta de bronze.

Os objetos continuam sendo os únicos artefatos egípcios oficialmente encontrados e identificados na Escócia.

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