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Geração fuck you

Acostumada com o fumo de Xandão, bancada dos manés ri para não chorar

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Autor/Imagem:
Wenceslau Araújo - Foto Editoria de Artes/IA

Monotemática, inconsistente, desprezível e cada vez mais indesejável, a direita brasileira se arrasta para o pior dos cenários políticos. Mais um ou dois passos e seus membros, com raríssimas exceções, passarão a ser conhecidos como a geração do “Fuck you”, apelido dado àqueles que usam a penumbra para socar no traseiro alheio, mas, ao amanhecer, percebem que foram eles que tomaram no fuleco, também conhecido por boga na Paraíba.

É de madrugada que os deputados da tribo patológica de Hugo Motta se reúnem para buscar sinônimos para liberar geral a bandidagem que defendem. Primeiro foi a blindagem. Perderam e criaram a anistia. Perderam de novo e agora inventaram uma tal dosimetria, expressão que, com todo respeito, me remete aos tempos de menino, quando os seguidores dos mais espertos ganhavam um doce de côco para não reclamassem da dor enquanto o outro mentia.

É assim que o clã Bolsonaro age com os manés. Objetivando livrar o patriarca da cana dura a qualquer custo, o fritador de hambúrguer e o antigo usuário das rachadinhas põem a manezada para levar fumo. Não à toa, a família fez dos nós das tripas a corda que levou Hugo Motta à presidência da Câmara. O que o moço paraibano do cabelo vaselinado ainda não percebeu é que essa mesma corda um dia servirá para enforcá-lo. Enquanto isso não ocorre, ele e os seus fazem tudo que seu mestre mandar.

Aliás, defendem de tal modo o Jair de todas as joias que, a essa altura, já devem estar com o fundo da agulha de coser assado de tanto levar linha do carretel de Alexandre de Moraes. Por conta da assadura, depois da tentativa simbólica de, por meio da PEC da Blindagem, se filiarem ao Comando Vermelho, os parlamentares vinculados à fantasmagórica seita bolsonarista estão capacitados para criarem uma facção própria.

Levando pau quase que diariamente do xerife Xandão, toco cru pegando fogo talvez seja o nome mais apropriado para as pessoas que apanham, apanham e não aprendem. O que se vê diariamente na Câmara de Ulysses Guimarães é que, entre os partidos que compõem a frustrada confraria dos derrotados, uns choram de madrugada e outros vendem lenços após mais uma e mais e mais uma decisão contrária de Xandão, o xerife que desarma, lança, penteia e chuta a rabada dos manezinhos.

É a lei da vida. Enquanto uns nascem para sorrir, outros nascem para ser o motivo do riso. Acostumados à histeria do clã que louvam, a meninada do maternal político ri para não chorar, mas parece que não está nem aí para a “torada” quase diária. Como nenhum deles foi eleito para defender povo algum, o ardor nadegal é suportável, na medida em que a conquista maior da rapaziada metida a parlamentar é dinheiro, fama e poder. Eles só esquecem que tudo isso é passageiro. Eterna só a trolha descabelada de Alexandre de Moraes.

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Wenceslau Araújo é Editor-Chefe de Notibras

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