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34 mil casos

Aedes voa por aí e provoca mais dengue

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

A proliferação da dengue voltou a ligar o sinal amarelo no Palácio do Buriti, que determinou à  Secretaria de Saúde intensificar as ações para combater o Aedes aeypti por meio do Sanear Dengue. No entanto, mesmo com todo o esforço dos agentes de Vigilância Ambiental e de outros órgãos do governo do DF que participam dos trabalhos diariamente, é preciso que a população faça sua parte para que o mosquito seja vencido. Até a Semana Epidemiológica 21 (dados que compreendem o período de 29/12/2019 a 23/05/2020), 34.456 casos da doença foram registrados.

Comparando com o mesmo período do ano passado, quando os registros apontavam 23.890 casos prováveis, o aumento foi de 44,2%. Já o número de óbitos por dengue caiu comparando com 2019. Este ano foram registradas 25 mortes, sete a menos até a mesma semana epidemiológica ano passado. As regiões com registro, em 2020, foram: Gama (5), Ceilândia (3), Sobradinho I (3), Guará (2), Planaltina (2), Santa Maria, Riacho Fundo II, Fercal, Sobradinho II, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Lago Sul, Paranoá e Recanto das Emas registraram um óbito, cada.

O informativo traz ainda 41 casos de dengue grave e 548 casos de dengue com sinais de alarme, que podem evoluir para a forma grave. O tipo de vírus que circula na população em maior proporção é do tipo DenV-1.

Alerta
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, alerta que é preciso lembrar que a Dengue pode matar e a pessoa pode pegar mais de uma vez, pois há quatro tipos de vírus. “A Dengue continua sendo uma doença séria e grave, por isto o mais importante é a população prevenir, evitando, por exemplo, jogar recipientes plásticos, entulhos ao ar livre ou deixar vasos de plantas com água parada, calhas de telhado entupidas, tanques de água descobertos que acumulam água e favorecem a proliferação do mosquito”, ressaltou.

Para combater o problema, o Distrito Federal trabalha com ações de rotina, todos os dias e em todas as Regiões Administrativas, e com ações focais com o programa Sanear Dengue. A visitação de rotina acontece diariamente nas casas, comércio e prédios públicos com tratamento de foco e orientação da população pelas equipes dos núcleos de Vigilância Ambiental de suas cidades. Já no Sanear Dengue, é realizada uma força-tarefa que passa pelos locais com maior registro da doença. A área vai, in loco, identificar os possíveis focos e faz o tratamento adequado dos potenciais criadouros.

O Sanear Dengue também faz o recolhimento de inservíveis, lixo, carcaças de carros, aplicação de UBV pesado (fumacê) móvel e intercostal, colocando armadilhas para captura do mosquito e tratamento de reservatórios com larvas. Além dos órgãos do GDF como Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros e Administração Regional, a Secretaria de Saúde conta com apoio de militares do Exército.

Para Edgar Rodrigues, diretor da Vigilância Ambiental, a luta diária precisa do apoio incondicional da população e lideranças comunitárias. Ele relata que, apesar da equipe fazer a varredura dos locais, na semana seguinte à ação, agentes de Vigilância Ambiental relatam lixo nos mesmos locais, como despejo de entulhos, móveis e materiais diversos que podem acumular água, se tornando um criadouro para o mosquito. Para Edgar, as ações do Sanear Dengue são um esforço a mais que só é possível mediante as parcerias que ajudam a aumentar a capacidade do grupo de trabalho já existente.

“Estamos diariamente nas ruas e não conseguimos fazer a parte que a população precisa colaborar. Temos muitas casas com reservatórios que ficam na altura do chão, que é o reservatório predominante no DF. Ou seja, a população pode cuidar. Isso pode ser balde, prato de plantas, bebedouro de cachorro, até piscinas que já achamos larvas. Então, batemos na tecla que o mosquito ama morar na sua casa e é lá que ele está presente em 90% dos casos. Inclusive, com o confinamento, as pessoas estão mais expostas a serem picadas. Estudos mostram esse comportamento do mosquito”, destacou.

Alta incidência
Entre as regiões mais afetadas estão Ceilândia, Gama, Santa Maria, Taguatinga, Samambaia e Guará. Sobre as Regiões de Saúde do DF, a região de Saúde Sudoeste apresentou 8.282 casos (24%), seguida das Regiões Sul, 7.225 casos (21%), e Norte, 4.967 casos (14,4%). Embora a Região Sudoeste tenha apresentado o maior número de casos, a Região Sul apresenta a maior taxa de incidência (2.646,92 por 100 mil habitantes) (Tabela 2). Isso quer dizer que há uma concentração maior da doença entre os moradores dessa região e, consequentemente, mais possibilidade de contágio.

No geral, o Distrito Federal está com alta incidência, estando uma região administrativa com média incidência (Sudoeste/Octogonal).

Prevenção
O morador além de realizar o cuidado ambiental em sua casa e vizinhança, precisa utilizar alguns cuidados como o uso de repelentes, se possível colocar tela mosquiteira nas janelas, bem como evitar estar fora de sua casa em momentos em que o mosquito costuma atacar mais.

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