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Vida lá fora

Água encontrada em Júpiter aumenta as chances de ETs

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Autor/Imagem:
Vitor Paiva

Nossa eterna busca por vida fora da Terra ganhou uma nova, imensa e molhada possibilidade – ou, ao menos, um novo cenário possível. Trata-se de Europa, um dos principais satélites de Júpiter, onde cientistas acreditam existir, por debaixo da superfície de gelo, um imenso oceano com mais de 100 km de profundidade.

E foi lá que, em 1997, a nave Galileu detectou flutuações e variações violentas no campo magnético. Era como se algo tivesse atingido a Galileu e, passados mais de 20 anos, os cientistas enfim concluíram do que se tratava – e essa descoberta sinaliza ainda mais para a possibilidade de vida na Europa de Júpiter.

Segundo os experimentos do cientista planetário Xianzhe Jia, da Universidade de Michigan, nos EUA, a explicação para a “trombada” na nave seria uma erupção de vapor e água quente de proporções inacreditáveis – com cerca de 190 km de altura. Tratam-se de gêiseres presentes na Europa, como nascentes termais que entram em erupção periodicamente, como tantas que existem na Terra. O oceano do satélite de Júpiter é considerado um dos locais mais promissores para se encontrar vida, ainda que microscópica, fora do nosso planeta azul.

O Satélite Hubble já havia fotografado um desses gêiseres, conhecidos como “plumas”, em 2016 – e através delas torna-se possível coletar amostras da água do satélite. No fundo desse oceano, de onde as plumas se originam, a temperatura seria suportável graças a atividade vulcânica, e assim a vida poderia ser possível.

É por isso que a missão não-tripulada Clipper decolará em 2022 para concentrar seus esforços na coleta de tais amostras. Se a coleta der certo, será possível confirmar se as condições para vida em Europa realmente existem – e aí, quem sabe, não vai se aproximando o dia em que faremos contato.

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