Curta nossa página


'É de fazer chorar...'

Ah!, segunda-feira ingrata, que ‘chega tão depressa só para contrariar’

Publicado

Autor/Imagem:
@donairene13 - Foto Francisco Filipino

Eu tenho uma teoria: ninguém, absolutamente ninguém, está preparado para a segunda-feira. Podemos até fingir que sim, mas a verdade é que a segunda-feira é um choque de realidade, um lembrete cruel de que o tempo livre acabou, e que o mundo lá fora continua girando, impiedoso, esperando produtividade.

Agora, se essa segunda-feira chega depois de alguns dias de licença médica, como é o meu caso, a coisa piora exponencialmente. É como tentar mergulhar de volta numa correnteza depois de ter estado por um tempo na beira do rio. O corpo ainda está pedindo pausa, o ritmo interno está diferente, e a cabeça demora a acompanhar o relógio do mundo.

Durante a licença, mesmo que por motivo de saúde, há um tipo de desaceleração forçada. A gente acorda sem pressa, toma café devagar, e de repente percebe que há vida fora dos prazos e das reuniões. Mas aí vem a segunda-feira e ela chega sem piedade, pedindo resposta imediata, energia, disposição.

Talvez por isso eu acredite que ninguém está verdadeiramente preparado para ela. Segunda-feira não é um dia, é um estado de transição: entre o descanso e a obrigação, entre o silêncio e o barulho, entre o corpo que ainda se recupera e a rotina que não espera. E, assim, mesmo sem estar pronta, eu vou, como todo mundo vai. A gente não tem muita escolha.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2025 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.