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Gastando a sola

Amoêdo vai para as ruas em busca dos eleitores indecisos

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Autor/Imagem:
Matheus Prado e Paulo Beraldo

Apoiadores do Partido Novo participaram nesta sexta-feira, 24, do primeiro ato público da campanha do presidenciável João Amoêdo em São Paulo. “É o João Amoedo? Eu quero ver a moeda do Brasil crescer”, gritou um homem que passava pelo local e arrancou risadas dos participantes.

Durante a caminhada, que começou por volta de 12h no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, o candidato foi acompanhado por cerca de 100 pessoas. O empresário interagiu com comerciantes e transeuntes, enquanto seus correligionários distribuíam uma onda laranja de santinhos.

O locutor de loja Ailton Santos teve seu microfone praticamente “sequestrado” pela campanha. Perguntado se votaria no candidato do Novo, o comerciante foi categórico: “voto sim, por que não? Se for honesto estamos juntos”.

O grupo também entoava gritos contra o uso de dinheiro público nas campanhas eleitorais, criticava a corrupção e dizia que estavam ali “de graça”. Outro alvo das manifestações foi o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. “Ô Bolsonaro, você tá com medo? Eu quero ver você debater com o Amoêdo.”

A ausência de João Amoêdo nos debates entre candidatos à Presidência foi muito criticada. “Estão censurando nosso candidato”, cantavam. Outros diziam que Amoêdo é o candidato que “os outros não querem que você conheça”. Pela legislação atual, as emissoras devem convocar para os de debates apenas representantes de partidos com pelo menos cinco parlamentares (senadores ou deputados federais) no Congresso Nacional.

O economista Eduardo Moraes se filiou ao partido há cinco dias e diz que pretende continuar contribuindo com a sigla. “As pessoas que estão aqui representam a sociedade. Não são pessoas que chegaram de ônibus em grandes caravanas com interesses não legítimos ou não alinhados com o que está sendo dito pelo partido”.

A voluntária da campanha Sônia Maria Pedrão diz que gostaria que mais gente conhecesse Amoêdo e, por isso, decidiu se engajar. “Meus netos me perguntavam: e aí, vó? Vai ficar em casa parada ou vai fazer alguma coisa? Então eu vim. A gente precisa cortar as mordomias dos políticos, só assim sobra grana para o que importa”, disse.

Ao final do evento, Amoêdo disse ao Estado que eventos como esse são positivos para tornar o partido mais conhecido. “A nossa dificuldade sempre foi divulgação. A aceitação das nossas ideias sempre foi alta e, agora, com essa exposição, muita gente vai vir para o Novo”, afirmou.

Na próxima semana, o candidato tem agendas públicas em várias capitais. “Estamos em busca do pessoal que quer mudança. 60% das pessoas ainda não sabem em quem vai votar, se vão votar. É para esse público que vamos mostrar que tem coisa diferente”.

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