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Mundo da sacanagem

Apesar de tudo, ainda há tempo de resgatar o poder

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Autor/Imagem:
Andrea Pavlovitsch - Foto Tânia Rêgo

Vivemos em um país onde falar de poder é falar de sacanagem (quase erótico, mas no mal sentido). Os caras no poder são, geralmente, pessoas gananciosas, corruptos e ladrões. Nas novelas brasileiras sempre vemos os poderosos (quem não se lembra da novela “O dono do mundo”?) como pessoas sem escrúpulos, usando e manipulando sempre os outros.

Os poderosos usam o SUS quando se acidentam em seus jatinhos particulares, fazendo exames que demoram meses para uma pessoa comum em 10 minutos. Os poderosos são grandes empresas, unicamente interessadas no lucro. Assim fica bem complicado quando eu peço para você resgatar o seu poder.

Mas é exatamente por vivermos em um lugar assim que precisamos dele, do nosso poder. Não só para que possamos ter para nós mesmo, mas para mudar o paradigma que temos hoje na nossa mente. Porque sim, querer é poder.

E poder é querer e ter. Poder é o seu domínio sobre você mesmo. É não nos ocuparmos ou nos preocuparmos tanto com as opiniões dos outros, principalmente os outros que não nos dizem respeito. Poder é você pensar que é possível e fazer aquilo possível, mesmo que todo mundo diga o contrário.

Quando alguém vem com uma ideia diferente, na hora vai enfrentar uma enxurrada de críticas. Conheço uma pessoa que quer muito largar um emprego público, pelo simples fato daquilo ser um fardo para ela. Um fardo tão pesado que já causou problemas sérios de saúde. Quando ela fala com a mãe sobre isso, a mulher quase surta. A velha mentalidade de que emprego público é a melhor coisa do mundo, toma conta dela. Aí, ela não consegue largar o emprego, e a vida não sai do lugar.

Podemos ter o seguro, isso não é o problema. Mas quando algo, qualquer coisa, por dinheiro, nos machuca (como nesse caso, no sentido físico), não existe prosperidade. Porque o que adianta ter toda a segurança financeira do mundo e não ter saúde e qualidade de vida boas?

Esse é um paradigma que está mudando, mas ainda é insipiente. Tomar o poder de volta é tomar as suas próprias decisões, e sim, arcar com as consequências se necessário. Pode ser que largar um emprego diminua a sua renda, mas e daí? Será que você precisa mesmo de 12 pares de botas e viagens para Disney duas vezes por ano? Ou será que fazer essas coisas só te deixa “bem” para os outros?

Prosperidade é ter equilíbrio. E sim, dinheiro. E sim, existem milhões de maneiras do dinheiro chegar até a gente, desde que tenhamos esse domínio. Esse estar tão dentro de si mesmo, que nada nos abala. Que a opinião contrária de ninguém não afeta as decisões da nossa alma. Ser seu próprio conselheiro, fazer o que lá dentro pede, implora para você fazer. Esse é o verdadeiro poder.

E sim, pode ser que isso torne você um megaempresário ou um político que vai chegar lá com outa filosofia de vida. Que vai, aos poucos, fazendo a diferença para as pessoas que ainda estarão no caminho. E, aí sim, sem coitadinhos, teremos um lugar próspero para viver. Toda grande mudança começa em si mesmo.

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