Celular sem memória
App’s nossos de cada dia chegaram ao limite
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Eu não suporto mais precisar ter aplicativos pra tudo. Sinceramente, está ficando insustentável. Além daqueles básicos, que já são praticamente obrigatórios: banco, e-mail, músicas, aplicativo de transporte e de entrega; agora parece que cada aspecto da vida exige o seu próprio app. É o da farmácia, o da faculdade, o da loja de roupa, o da loja de sapato, o do shopping, o do jornal, o do supermercado. Tudo precisa de cadastro, senha, login, confirmação em duas etapas. E mais um app pra habilitar a autenticação. Só pra comprar um remédio, às vezes, é um ritual inteiro.
Meses atrás, fui a uma quermesse e, acredite, até lá era preciso usar aplicativo. Nada de pagar com dinheiro ou cartão. Tinha que baixar o app, colocar crédito e fazer as compras por ele. Chega a ser cômico, se não fosse tão cansativo.
E o celular, coitado, já não tem memória. Todo dia é o mesmo drama: “armazenamento quase cheio”. A gente se vê obrigada a apagar fotos, vídeos, músicas, pra abrir espaço pra mais um aplicativo que será usado uma vez por mês.
Fico me perguntando: aonde vamos parar? Será que um dia vai existir um aplicativo pra organizar os outros aplicativos? A vida está virando uma tela cheia de ícones, e às vezes tenho a impressão de que estamos sendo engolidos por eles.