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Grandes e pequenas

Aproveite que a Copa vem aí e escolha a TV ideal para o ambiente

Publicado

Autor/Imagem:
Felipe Tringoni

A experiência de assistir televisão mudou muito ao longo dos últimos anos – desde o tamanho dos aparelhos, passando pelos programas, filmes e séries on demand. Além disso, a cada quatro anos, a Copa do Mundo traz um ótimo ensejo para se repensar os espaços mais aconchegantes da casa visando receber amigos e família. Acomodar muitas pessoas, servir petiscos e bebidas sem muito trabalho e, claro, buscar e posicionar da melhor forma um novo televisor são alguns dos principais pontos levados em conta pelos brasileiros antes do futebol.

Segundo pesquisa do Google, 21 milhões de brasileiros podem comprar TV nova para ver o Mundial da Rússia. Mas como fazer a escolha certa do aparelho para o seu ambiente? Existe fórmula? E quais as melhores soluções para espaços reduzidos, em que exigências funcionais se sobrepõem a questões estéticas? Para saber as respostas dessa e de outras questões, conversamos com três especialistas em interiores, que trazem reflexões sobre os principais pontos a serem levados em conta na busca pela melhor experiência possível.

Busca pelo conforto
A experiência de assistir TV deve ser essencialmente confortável. Segundo a arquiteta Viviane Gobbato, o principal foco deve estar nos móveis. “A profundidade do sofá e a densidade da espuma são muito importantes para garantir o conforto. Sempre recomendo que o sofá tenha em torno de 90 centímetros de profundidade e que acompanhe uma chez ou um puff pra apoiar os pés. Quando se está sozinho, é possível apoiar os pés. Mas esses itens servem também para aumentar o número de pessoas sentadas.”

Viviane lembra da importância do tecido dos móveis. “Os mais macios, com mais algodão, que têm um toque menos áspero, são mais agradáveis para esse tipo de ambiente. E como complemento, colocar almofadas bem aconchegantes no sofá e também um bom tapete deixam o espaço mais acolhedor”, diz.

Juliana Matalon, do Estúdio Ela Arquitetura, também destaca a questão da iluminação. “Penso que quando se vai assistir a um jogo é importante um ambiente com luz mais baixa, fazendo uso de persianas ou de cortinas, no caso de espaços mais abertos.”

Como calcular o tamanho ideal
A pergunta mais frequente no momento de comprar um novo televisor não tem uma resposta única. “Geralmente usamos a distância do olho da pessoa sentada no sofá até a TV e multiplicamos por 20. É um cálculo que funciona tanto para ambientes pequenos quanto para grandes”, opina Viviane Gobbato. Nesse caso, quem tem uma sala muito grande não necessariamente vai ter uma televisão gigante, nem quem tem um ambiente reduzido vai ter algo muito pequeno. “Você considera que uma pessoa que está a dois metros da TV tenha um aparelho de mais ou menos 40 polegadas. Já para um ambiente grande, com uma distância de três metros, a pessoa vai ter com uma entre 60 e 65 polegadas. Aí temos as exceções, pessoas que querem uma TV muito grande.”

Juliana Matalon segue uma linha similar e trabalha com padrões que levam em conta angulação da TV, abertura da luz e distância. “Muitas vezes as pessoas querem TVs maiores do que o espaço comporta, mas, pelo conforto, prezo pelo que é informado nesses gráficos.”

Gabriel Mota, coordenador de interiores do escritório FGMF Arquitetos, traz uma visão diferente e se diz adepto do “cinema em casa”. “Já utilizamos várias vezes as fórmulas, mas com o passar do tempo chegamos à conclusão de que o ideal é sempre ter uma TV de no mínimo 42 polegadas e uma distância de pelo menos dois metros. Aumentando gradativamente essa distância, gostamos de televisões ligeiramente maiores do que as fórmulas. Com as novas opções ultra HD, por exemplo, é possível aumentar em 10 polegadas a fórmula anterior sem causar cansaço aos olhos, por conta de um grande aumento no número de pixels dos aparelhos.”

Opções para espaços reduzidos
Para ambientes pequenos, o mais recomendado é que a TV fique presa à parede, o que elimina a necessidade de um rack ou de algum móvel mais robusto para apoiá-la. Isso facilita a circulação e propicia maior distância entre os olhos e o aparelho. “Quando ela vai na parede, é possível simplesmente fazer uma prateleira mais estreita para apoiar o restante dos equipamentos, como modem de internet ou reprodutor de DVD”, explica Viviane. Juliana traz outras opções: “Hoje, com toda a tecnologia, você mal precisa de um rack. É possível colocar todos os aparelhos atrás da televisão e comandá-los por infravermelho. Há também opções de TV de teto, que descem por um flip ou motor, e não ocupam espaço no dia a dia.”

Integração da TV ao espaço
Foi-se o tempo das TVs que ocupavam espaço excessivo, com bordas grossas e cores que influenciavam na decoração, “brigando” com os ambientes. Hoje, o design e a leveza possibilitam que os aparelhos se integrem totalmente ao seu entorno.

Para isso, os três especialistas são adeptos de painéis de toda a sorte de materiais, com ou sem embutimento de TVs. “Quando queremos valorizar o design do televisor, fazemos algo afastado da parede, que possibilite esconder toda a fiação por trás”. Pensando em TVs nem tão finas, um truque para deixá-las menos salientes é fazer um rebaixo no painel, como um pequeno nicho em volta do aparelho. “Ao olhar de frente, ela está alinhada com o painel e mais integrada com a decoração”, opina a Viviane.

As TVs mais modernas conversam muito bem com objetos de decoração. “Uma opção é dispor objetos como quadros em volta delas. Dessa forma, quando desligadas, ficam ‘camufladas’ com esses outros itens decorativos. Os paineis que ficam só com a TV a deixam muito em evidência.”

Ideias para receber muitas pessoas
Móveis flex, que podem ser facilmente deslocados para qualquer ambiente da casa sem ocupar muito espaço – como puffs e banquinhos pequenos – são as soluções mais práticas para receber uma grande quantidade de pessoas com conforto. “Acho que o tapete é muito importante na área da sala e muito útil nesses casos, porque deixa o ambiente mais acolhedor. Se falta lugar, as pessoas podem se sentar nele sem precisar ficar no chão”, lembra Viviane. “É sempre bom ter módulos extras com mais de um uso, versatilidade.”, completa Juliana.

Pequenas mesas de apoio laterais ou uma mesa de centro servem para apoiar copos, taças, aperitivos e evitar sujeira nos móveis. Além disso, o uso de bandejas é muito bem vindo, já que é possível apoiá-las diretamente no sofá ou puff. Outra ponto importante é escolher tecidos mais impermeáveis ou mais escuros para o sofá. Viviane explica: “É um lugar em que as pessoas comem, bebem, derrubam coisas, então recomendamos tecidos não muito claros, que não sujem com facilidade”.

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