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Ataques a UPPs desmascaram falha da política de segurança

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Nesta quinta-feira à noite, logo após o ataque a três UPPs na cidade do Rio de Janeiro, o comandante das UPPs, coronel da PM Frederico Caldas, deixou claro que os ocorridos não fazem parte de algum tipo de ação orquestrada pelo tráfico, sendo casos diferentes. O que põe abaixo a teoria do governador Sérgio Cabral Filho e do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, de que seria uma conspiração contra o governo. Isso, visando esconder as falhas do programa de pacificação das comunidades.

O principal erro do programa, que os ataques demonstraram, é que de que não existe pacificação sem prisão de bandidos, tal qual ocorreu no Alemão, Manguinhos, Rocinha e por último, na Vila Kennedy, recentemente, que foram ocupadas sem praticamente ser disparado um tiro sequer. Os bandidos, informados pela imprensa sobre as ocupações, foram para outros lugares provisoriamente – aumentando a criminalidade na Baixada, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá – até poderem voltar ainda mais fortalecidos e retomarem o “território”.

A UPP, então, foi mais uma maquiagem, que serviu para Cabral ser reeleito em 2010. Agora, com os ataques, a maquiagem foi desfeita e a farsa, descoberta. O vice-governador Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB), pré-candidato ao Governo do Estado, que vinha afirmando, em discursos, manter a política de pacificação e que as UPPs deram certo, vai ter que mudar o discurso.

Cabral e Beltrame foram até Brasília na manhã desta sexta-feira para solicitar à Presidência da República o apoio das Forças Federais para conter ataques em áreas pacificadas da cidade. O governador disse que ainda não sabe quais tropas deverão atuar no Rio, nem por quanto tempo.

 

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