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Próstata derrubou o presidente

Atenção, rapazes… Evitem ser o Michel Temer de amanhã

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Bartô Granja

Embora cercado de segredos de Estado, o problema de saúde que levou Michel Temer a ser internado na quarta-feira, 25, tem nome: Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Foi isso que acometeu o presidente. Trata-se de um distúrbio prostático que acomete cerca de 80% dos homens acima dos 50 anos. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia indicam que existem 14 milhões de brasileiros convivendo com essa doença.

A HPB afeta a qualidade de vida do homem, adverte o urologista Fernando Leão. Segundo ele, a alta incidência de homens que sofrem com a doença está diretamente relacionada ao aumento da expectativa de vida. “Estamos vivendo mais e é uma condição inevitável para a maior parte do universo masculino a partir da meia-idade. Aos 90 anos, pesquisas indicam que a HPB acomete cerca de 90% dos homens, por exemplo”, explica.

Ligada ao aumento da produção do hormônio testosterona, a hiperplasia prostática benigna comprime a bexiga e obstrui parcial ou totalmente a uretra, com consequente prejuízo ao fluxo normal da urina. Leão recomenda que os homens fiquem atentos a alguns sintomas, como por exemplo desconforto na bexiga com a sensação de “peso”; jato urinário fraco; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga; ardência ao urinar; aumento do ato de urinar à noite; urgência miccional; e incontinência urinária.

Especialista em cirurgia robótica para tratamento do câncer de próstata, com pacientes no Hospital Brasília, da capital da República, e no 9 de Julho, Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, Fernando Leão tem bagagem suficiente para falar sobre o assunto. E diz, ainda sobre a HPB, que os sintomas prejudicam a qualidade do sono, exigindo que o paciente acorde inúmeras vezes durante a noite para urinar. Isso deixa a pessoa cansada e impaciente para as atividades diurnas.

O urologista sugere que, ao constatar algum dos sintomas, o homem deve procurar um especialista. Para diagnosticar a HPB, são necessários exame físico (toque retal) e o de sangue, em que é mensurado o nível de PSA (Antígeno Prostático Específico). “A prevenção deverá ser feita a partir dos 40 anos de idade, se houver antecedentes na família; caso não haja, o recomendado é ir ao urologista anualmente a partir dos 50 anos”, ressalta Leão.

A boa notícia é que a HPB tem cura e a medicina disponibiliza tratamentos que podem trazer mais conforto ao dia a dia do homem. São eles:

Medicação
Os medicamentos para HPB incluem alfa-bloqueadores, que relaxam os músculos em volta do colo da bexiga, tornando o ato de urinar mais fácil, e inibidores de alfa-redutase, que servem para encolher o tamanho da próstata.

Ressecção Transuretal da Próstata
Este é um procedimento cirúrgico realizado para remover tecido da próstata aumentada. Neste caso, não há remoção total da próstata.

Vaporização da Próstata com GreenLight™ Laser
Este procedimento, minimamente invasivo, é o mais recomendado atualmente nos casos em que é necessária uma intervenção cirúrgica. A vaporização remove o tecido obstrutivo da próstata pelo uso de lasers de alta energia combinados com fios de fibra ótica, e permite uma rápida recuperação do paciente, além da redução de vários transtornos típicos de processos operatórios. “A vaporização da próstata com GreenLight™ Laser é a técnica mais recomendada para pacientes que apresentam comorbidades [diagnóstico de duas patologias] como insuficiência renal, fazem uso de anticoagulantes e possuem próstatas muito volumosas”, explica Fernando Leão.

Alguns benefícios da Vaporização da Próstata com GreenLight™ Laser:

● Menor perda de sangue durante o procedimento cirúrgico;
● Apenas 30% dos pacientes precisam de um cateter no período pós-operatório;
● Alta no mesmo dia após a cirurgia;
● Retorno às atividades normais, com precauções, após 3 dias;
● Menores chances de complicações após cirurgia;
● Menores chances de disfunção erétil derivada de complicações da cirurgia.

Embolização das Artérias da Próstata
É um procedimento minimamente invasivo que ainda em fase experimental e de exceção. A embolização das artérias da próstata é semelhante ao cateterismo, onde um minúsculo tubo flexível é introduzido na artéria femoral, navegando até a próstata e injetando substância para reduzir a sua circulação e provocar a diminuição de tamanho, além de aliviar a obstrução da uretra, permitindo a passagem da urina.

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