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Baiano faz acordo de delação e pode entregar à Lava Jato muita gente de bandeja

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O lobista do PMDB na Petrobras, Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. A expectativa entre os investigadores é que as revelações do lobista poderão atingir novos nomes de políticos e confirmar as suspeitas sobre deputados. Baiano é amigo do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado em agosto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Preso desde novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que alcançou o braço empresarial do esquema de corrupção na estatal, Fernando Baiano é apontado como elo do presidente da Câmara no suposto recebimento de uma propina US$ 10 milhões. Deste total, US$ 5 milhões teriam sido destinados para o deputado, segundo o delator Julio Camargo.

O acordo firmado com a PGR indica que Baiano irá revelar nomes de políticos que detêm foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O lobista é apontado pelos investigadores como peça-chave da engrenagem que teria repassado US$ 5 milhões para Eduardo Cunha. Segundo o delator Julio Camargo, o lobista do PMDB e o deputado, em 2011, o pressionaram durante reunião em um prédio comercial no Leblon, Rio.

Baiano já foi condenado na Lava Jato em uma primeira ação. O juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, impôs ao lobista 16 anos e 1 mês de cadeia. No mesmo processo, foi condenado o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, a 12 anos e 3 meses de prisão. Baiano responde a outros processos na Lava Jato.

As negociações para o acordo de colaboração de Baiano com a força-tarefa da PGR se arrastaram por alguns meses. Nas últimas semanas, o lobista trocou seus advogados. Os antigos defensores eram radicalmente contrários à delação premiada.

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