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Olho na China

Biden decide produzir submarinos nucleares para Austrália

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Antônio Albuquerque, Edição - Foto Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá nesta segunda-feira (13) com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, em San Diego, para definir a construção de submarinos nucleares para os australianos, segundo acordo firmado entre as três nações.

O pacto, que também inclui cooperação em cibernética, inteligência artificial e tecnologias militares, foi anunciado em setembro de 2021 como um esforço para criar dissuasão contra a agressão da China na região do Pacífico.

Apenas seis países possuem submarinos nucleares: os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra e China) e a Índia.

O pacto posiciona a Austrália para hospedar alguns submarinos dos EUA antes de 2030, com Canberra comprando pelo menos três submarinos da classe Virginia nos anos subsequentes.

Como parte do maior projeto de defesa da Austrália, o país financiará a construção de submarinos nucleares conjuntos entre o Reino Unido e a Austrália, projetados com base nos barcos britânicos da classe Astute, que podem entrar em serviço já na década de 2040.

Tem havido preocupações sobre a capacidade dos EUA de fabricar mais submarinos, já que as duas empresas atualmente contratadas para construir seus próprios barcos muitas vezes lutam para atingir as metas de produção da Marinha, muitas vezes ficando aquém da meta de dois barcos por ano.

Com seu longo cronograma o sucesso do acordo depende fortemente de liderança política unificada, comprometimento e fundos.

A esperança é que, com os fundos adicionais da Austrália, instalações adicionais possam ser adicionadas aos EUA para reforçar seus valores de produção, sugerindo potencial para futuros negócios entre os EUA e a Austrália.

Construir submarinos menores e mais baratos inspirados no Reino Unido, em vez de barcos modelados a partir dos navios maiores da classe Virginia, permitirá tripulações menores e cascos menores, uma decisão que beneficia a pequena marinha de Canberra.

No entanto, esses modelos ainda contarão com tecnologia e componentes americanos, o que exigirá que os EUA, que ainda não compartilharam essa tecnologia com outras nações, repensem as regulamentações sobre exportações.

Se tudo correr bem e os três países conseguirem realizar um empreendimento industrial tão grande, o acordo representará uma forma de homenagear a política de segurança nacional de Biden.

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