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Incêndio na caserna

Bolsonaro bate na mesa e tira general da Defesa

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

O clima político esquentou de vez em Brasília nesta segunda, 29. Após a demissão, teoricamente a pedido, do chanceler Ernesto Araújo, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Um dos mais respeitados ‘quatro estrelas’ ainda com farda, o agora ex-ministro foi obrigado a apresentar o pedido de demissão após uma conversa ríspida com o presidente por volta das 14h30.

Azevedo distribuiu um comunicado à imprensa. Diz ele: “Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”.

O clima entre os militares e Bolsonaro esquentou após uma entrevista do general Paulo Sérgio, responsável pela área de saúde do Exército, apontando a possibilidade de uma 3.ª onda da covid-19 no País nos próximos meses . Paulo Sérgio, contrariando as orientações do governo federal, é um defensor intransigente de um lockdown como forma de controlar a pandemia do novo coronavírus.

De perfil moderado e com experiência na relação com o Congresso, Azevedo foi assessor foi assessor do ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal. Na carta de despedida, ele disse ter gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza da missão cumprida. Fernando Azevedo e Silva, general-de-exército”.

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