Bolsonaro dá uma de doido e precisa usar camisa de força na cela

A prisão do Bolsonaro teve alguns detalhes que, confesso, me fizeram sorrir. E olha que eu nem sou de rir à toa. Mas, sinceramente, o universo caprichou.

A começar pelo motivo. Ele, um ex-presidente da República, tentando violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Eu imagino a cena e não consigo deixar de rir: meia-noite, todo mundo dormindo, silêncio absoluto… e Bolsonaro lá, no canto da sala, iluminado por uma luzinha amarela, tentando dar um “jeitinho” na tornozeleira. Talvez até murmurando um “agora vai!”. É quase poético.

E aí veio o plantão da Globo. Aquele tum-dum-dum-dum que faz o coração dar um pulo. Só que a programação interrompida era justamente o… Globo Rural. E pior: estava passando uma matéria sobre arroto de gado. Eu juro que não teria imaginação pra inventar uma ironia tão perfeita. O país sendo informado de uma prisão histórica no exato momento em que uma vaca soltava um arroto na TV. É sobre isso, Brasil.

Mas o roteiro não parou por aí. Aconteceu tudo num dia 22, o número do partido de Bolsonaro. Como se o destino dissesse: “Vem cá, deixa eu carimbar essa coincidência pra não restar dúvida”. E, pra completar o combo, 22 de novembro é aniversário da Maria do Rosário, aquela que Bolsonaro insultou dizendo que não a estupraria porque ela não “merecia”. Ele foi condenado por essa fala, aliás. Pois é. O universo tem um senso de humor afiado. E Brasília tem uma penitenciária de nome Papuda.

No fim das contas, tudo isso junto parece um episódio escrito por um roteirista que se recusa a tirar férias. O roteirista do Brasil realmente não dorme. E quando dorme, sonha com plot twist.

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