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Promessas de campanha

Bolsonaro fez em 100 dias mais do que Temer e Dilma

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Autor/Imagem:
Bartô Granja

Promessas de campanha não devem ficar apenas no papel. É preciso que o político honre s palavra e faça a fila andar. Nesse aspecto, embora tenha passado parte os seus primeiros 100 dias de governo em tratamento médico e em três viagens ao exterior (Estados Unidos, Chile e Israel) o presidente Jair Bolsonaro cumpriu, proporcionalmente, mais do que disseram seus antecessores Dilma Rousseff e Michel Temer.

É verdade que o governo ficou longe de bater na casa dos 100%, revela estudo elaborado pelo G1. Mas na comparação com Dilma e Temer, Bolsonaro fez bem mais. De 58 medidas anunciadas, 12 foram concretizadas completamente e 4 parcialmente. Mas como os 100 dias de governo serão completados só ao final do dia, nada impede que venha no decorrer desta quarta, 10, alguma surpresa.

Em 100 dias, o governo de Jair Bolsonaro cumpriu 1/5 das promessas feitas durante a campanha eleitoral. Dos 58 compromissos firmados no período e que podem claramente ser mensurados, 12 foram cumpridos em sua totalidade, de acordo com levantamento feito pelo G1. Outros quatro foram parcialmente atendidos, e 40 ainda não foram cumpridos. Dois compromissos não têm como ser avaliados no momento.

O projeto “As promessas dos políticos” começou em 2015, com a verificação das promessas da então recém-reeleita presidente Dilma Rousseff.  Na comparação com os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer em 100 dias de governo, Bolsonaro cumpriu 12 das 58 promessas, Dilma, 5 das 55, e Temer, 3 das 20.

No governo Bolsonaro, das 12 promessas cumpridas, quatro são compromissos econômicos. Dois deles se referem a tributos – “Não aumentar impostos” e “Não recriar a CPMF” – e foram cumpridos porque não houve, de fato, aumento de impostos nem a volta da CPMF.

Outra promessa fala em “Reduzir alíquotas de importação e barreiras não tarifárias”. A redução foi feita para maquinários e equipamentos industriais e para insumos do setor químico nos primeiros 100 dias do governo. Além disso, entrou em vigor em março o acordo de livre comércio de automóveis e veículos comerciais leves entre Brasil e México.

A quarta promessa (“Fazer com que os preços praticados pela Petrobras sigam os mercados internacionais”) também foi cumprida porque a estatal manteve a política de repassar as variações de preços dos combustíveis no mercado internacional, adotando intervalos entre os reajustes e usando mecanismos de hedge.

Há ainda promessas cumpridas que são de cunho administrativo, como o fim do Ministério das Cidades, que foi absorvido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional; a criação do superministério da Economia e a alteração da estrutura federal agropecuária, que envolveu a absorção de estruturas que antes estavam nas pastas do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social e da Casa Civil pelo Ministério da Agricultura , por exemplo.

Outra promessa que envolve a máquina pública é a da diminuição do número de servidores comissionados. O decreto nº 9.725/2019, publicado no dia 13 de março, estabeleceu o corte de 21 mil cargos, funções e gratificações do Executivo. De forma imediata, foram extintos 159 cargos, além de 4.941 funções e 1.487 gratificações.

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