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Bolsonaro se irrita com cassação de aliado e usa bravata da força

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Preta Abreu - Foto de José Cruz

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deflagrou uma nova crise política-institucional a noite desta terça=feira, 7. Ele respondeu à decisão da 2ª Tuma do Supremo Tribunal Federal  que manteve a cassação do seu aliado deputado Fernando Francischini por uso de fake news em 2018, que não se deve mais cumprir decisão do Poder Judiciário.

Ao pregar a desobediência, num ataque frontal aos demais Poderes da República, o presidente foi categórico:  “Eu fui do tempo que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo, não sou mais! Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável o que fazem, querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil”.

O presidente também atacou o Tribunal Superior Eleitoral e que não será “feito e idiota’ por aquela Corte. Em tom de ameaça, no estilo de ditadores de republiquetas de banana,  ele declarou que é o chefe das Forças Armadas. reiterou, em seguida, que os militares marcharão ao lado dele para colocar o Brasil nos trilhos.

Bolsonaro citou uma declaração do atual presidente da Corte eleitoral, Edson Fachin, de que as eleições são um assunto para forças civis e desarmadas. Segundo Bolsonaro, a fala de Fachin foi ofensiva porque o próprio tribunal convidou o Exército a participar da comissão de transparência eleitoral para o pleito de 2022.

“Convidaram eles [o Exército] para que, ora bolas? Para fazer papel de quê? Eu que sou chefe das Forças Armadas. Nós não vamos fazer o papel de idiotas. Eu tenho a obrigação de agir. Tenho jogado dentro das quatro linhas, não acho uma só palavra minha, gesto ou ato fora da Constituição”, disse ele.

Líderes do Congresso, como o senador Rodrigo Pacheco, presidente da Câmara, e Arthur Lira, presidente do Senado, mantiveram silêncio. No Supremo, no STJ e o TSE os ministros também avaliaram que o momento é de esfriar a cabeça e não dar ouvidos a bravatas.

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