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Chamou pra briga

Brasil cansou de mentiras e farsas do Planalto, diz Barroso

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Autor/Imagem:
Mário Camargo - Foto/Divulgação Secom TSE

Depois de Arthur Lira, Luiz Fux e Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara, Supremo e Senado baterem nos gestos golpistas do presidente Jair Bolsonaro, chegou a vez do ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, dar seu recado: o Brasil cansou das farsas e mentiras do Palácio do Planalto e do seu ocupante.

A afirmação foi feita na sessão de abertura dos trabalhos do Tribunal Superior Eleitoral na manhã desta quinta-feira, 9. Em tom duro, o ministro disse que a “democracia só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”.

Ao rebater os ataques de Bolsonaro contra as instituições no 7 de Setembro, Barroso foi incisivo, ao dizer que “começa a ficar cansativo para o Brasil ter que repetidamente desmentir falsidades, para que não sejamos dominados pela pós-verdade, pelos fatos alternativos, para que a repetição da mentira não crie a impressão de que ela é verdade.”

Ainda segundo o ministro Luis Roberto Barroso, “insulto não é argumento e ofensa não é coragem”. Ele enfatizou que “a incivilidade é uma derrota do espírito. A falta de compostura nos envergonha perante o mundo”, afirmou.

De acordo com Barroso, “a ‘marca’ Brasil sofre neste momento uma desvalorização global”. O ministro sublinhou que “não é só o real que está desvalorizado. Somos vítima de chacota e de desprezo mundial. Um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que a alta do dólar, do que a queda da Bolsa, do que desmatamento da Amazônia, do número de mortos pela pandemia, do que a fuga de cérebros e de investimentos”.

Há, porém, frisou o presidente do TSE, algo mais grave: “Pior de tudo é a falta de compostura que nos diminui perante nós mesmos. Não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo”.

Taxativo, Barroso defendeu enfaticamente a democracia e criticou a polarização. “A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. O que nos une na diferença é o respeito à Constituição, aos valores comuns que compartilhamos e que estão nela inscritos. A democracia só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”, disse.

O ministro respondeu objetivamente às acusações feitas à Justiça Eleitoral e, na oportunidade, afirmou que o debate público permanente e de qualidade é o que permite que todos os cidadãos recebam informações corretas, formem sua opinião e apresentem seus argumentos. Portanto, esse debate não pode ser contaminado por discursos de ódio, campanhas de desinformação e teorias conspiratórias infundadas, sob pena de afronta à democracia.

Por fim, Barroso destacou que “o slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado, parece ser: “conhecerás a mentira e a mentira te aprisionará”.

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