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A lavoura

Brasil cresce no campo com o agronegócio mas seca na alma

Publicado

Autor/Imagem:
Emanuelle Nascimento - Foto Francisco Filipino

O Brasil cresce. Mas cresce para quem?

No balanço dos números, o agronegócio voltou a brilhar R$ 3,79 trilhões. Campos, colheitas, exportações. O PIB sorri, mas os rostos no sertão ainda sangram. Como nos lembrava Darcy Ribeiro, o Brasil sempre soube ser moderno na produção e arcaico na distribuição.

A agropecuária avança com maquinário e drones, mas nos arredores das plantações, o pequeno agricultor mal consegue encher o próprio prato. Pierre Bourdieu falaria da “violência simbólica” que naturaliza essas assimetrias como destino.

Crescimento econômico não é, por si, sinônimo de justiça social e nem de comida no prato dos invisíveis.

Lá onde o boi engorda, o rio afina. Onde o milho se multiplica, a escola esvazia. O Brasil do agronegócio é também o Brasil do agronegócio de si mesmo um país que cultiva cifras e colhe desigualdades.

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