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Tora, tora, tora

Brasil se perde no 2º tempo e vira nova Pear Harbor para os japoneses

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Bartô Granja, Edição - Foto Reprodução/X

Pela primeira vez na história, a seleção brasileira de futebol foi derrotada pelo Japão. O placar de 3 a 2, de virada, nesta terça-feira, 14, em amistoso internacional da Data Fifa, entra para os livros como um marco do novo momento do futebol asiático — e um alerta para o futebol brasileiro, que parece ter perdido o rumo tático e emocional.

O Brasil chegou a abrir 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com gols de Paulo Henrique e Martinelli, dominando a posse de bola e ditando o ritmo da partida. Mas, na etapa final, os japoneses voltaram como verdadeiros samurais em campo: disciplinados, velozes e impiedosos. E viraram com Minamino, Mitoma e Kubo.

“Hoje mostramos que podemos enfrentar qualquer gigante”, disse o técnico Hajime Moriyasu, ainda ofegante após o apito final. Nas arquibancadas, os torcedores japoneses entoavam o lendário grito “Tora, tora, tora!” — a senha de ataque usada no bombardeio de Pearl Harbor, em 1941 —, agora reinterpretado como símbolo da garra e ousadia do futebol nipônico.

Do outro lado, o técnico brasileiro, visivelmente abalado, admitiu os erros: “Faltou intensidade e sobrou confiança. Pagamos caro por isso”.

A derrota — simbólica e surpreendente — escancara a crise de identidade do futebol brasileiro, que já não impõe mais o mesmo respeito nem mesmo em amistosos. Se o Japão mostrou as garras do tigre, o Brasil deixou transparecer as fragilidades de um gigante adormecido.

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