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Brasília confirma 19 grávidas com o zika vírus; prioridade nos exames fica para elas

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Jade Abreu

A rede pública de saúde do Distrito Federal já confirmou o zika vírus em 19 grávidas: 11 de Brasília, sete de Goiás e uma de Mato Grosso, segundo o Informativo Epidemiológico nº 13, divulgado na quarta-feira (30). Como há a suspeita de que a doença pode desenvolver microcefalia em bebês — quando o cérebro é menor do que o tamanho ideal (31,9 centímetros para os meninos e 31,5 centímetros para as meninas nascidos a partir da 37ª semana) —, a Secretaria de Saúde prioriza o atendimento a gestantes. Caso o diagnóstico seja positivo, a gravidez passa a ser monitorada pela Vigilância Epidemiológica.

O procedimento para detectar o zika vírus em grávidas é o mesmo que em outros pacientes. Após identificados os sintomas, é coletado o material para análise. Amostras são encaminhadas ao Laboratório Central do Distrito Federal, onde se averigua a presença do vírus no organismo.

Com a confirmação, as equipes da Vigilância Epidemiológica e do Laboratório de Assistência Pré-Natal fazem o acompanhamento da gravidez. A secretaria também oferece apoio psicológico para a família por meio dos Núcleos de Serviço Social da pasta.

Pré-natal – Ainda que o vírus seja detectado, o pré-natal deve ser feito normalmente. A microcefalia pode ser identificada por meio de ecografias a partir da 22ª semana de gestação, quando começa a medição do cérebro de um bebê. Apesar de o diagnóstico ocorrer por volta do quinto mês, a pasta recomenda que se faça o exame por imagem pelo menos uma vez durante o primeiro trimestre.

As ecografias podem ser feitas em sete hospitais da rede pública: Brazlândia, Ceilândia, Gama, Materno-Infantil de Brasília, Regional da Asa Norte, Sobradinho e Taguatinga.

Cuidados – O médico infectologista da Secretaria de Saúde Dalcy Albuquerque Filho reforça que grávidas devem dobrar a atenção para evitar a picada do mosquito Aedes aegypti. De acordo com ele, os repelentes à venda podem ser usados pelas gestantes sem restrição, mas os caseiros devem ser evitados, pois não há um controle da eficácia.

Albuquerque Filho recomenda também que, ao se descobrir a gravidez, usem-se preservativos, porque o vírus pode ser transmitido em relações sexuais. “O zika permanece no sêmen por mais tempo que no corpo. Pelos estudos mais recentes, ele já foi encontrado no sêmen após 60 dias do diagnóstico da doença.” O infectologista acrescenta que o vírus pode ser assintomático — quando os sintomas não se manifestam. “Muitas pessoas acham que é só uma gripe e, às vezes, não dão importância.”

Agência Brasília

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