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Além de Dom Bosco

Brasília tem leite, mel, frutas e verduras

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Carolina Paiva, Edição

Desta terra (Brasília) jorrará leite e mel, previu Dom Bosco. Mas a agricultura foi além, e hoje a área agrícola do Distrito Federal aumentou 22,68% no período de 2000 a 2018, passando de 1.133 para 1.390 km². Esse percentual é apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a divulgação, no fim de março, do estudo “Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil”.

Tal crescimento reforça os bons resultados que a produção agrícola local vem apresentando nos últimos anos, conforme relatórios produzidos por órgãos de controle do setor. Em 2019, o Ministério da Agricultura já havia apontado o DF como uma das líderes em valor de produção agrícola no país.

No mesmo sentido, dados do IBGE e do 5° levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram também que, em várias culturas, o DF possui uma produtividade superior à média nacional.

Êxodo e pastagens
Para a diretora-executiva da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), Loiselene Trindade, um fator que pode explicar esse aumento da área agrícola é o êxodo rural. “Temos visto uma mudança de uma parcela da população urbana para a área rural, um reflexo do crescimento das cidades, e isso se refletiu nesse dado”, ressalta.

Além da saída da cidade para o campo, o aumento na área agrícola do DF não representou desmatamento ou degradação do meio ambiente, como explica o secretário-executivo de Agricultura, Luciano Mendes. “Com a elevação do preço das commodities, tivemos uma valorização de determinadas culturas agrícolas e, com isso, um deslocamento natural por parte dos produtores. Áreas que antes eram de pastagem, viram de cultivo, por exemplo”.

“Um dos nossos trabalhos é focado na questão da produtividade, ou seja, produzir o máximo possível em uma área menor. Por isso, focamos na divulgação de avanços tecnológicos para os produtores e também em qualificações junto a parceiros como a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”

Atualmente, cerca de 18,5 mil produtores rurais estão cadastrados junto à Emater, que os auxilia com diversas ferramentas para otimizar e melhorar os métodos de cultivo.

“Um dos nossos trabalhos é focado na questão da produtividade, ou seja, produzir o máximo possível em uma área menor. Por isso, focamos na divulgação de avanços tecnológicos para os produtores e também em qualificações junto a parceiros como a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”, afirma a diretora-executiva da empresa pública.

A aliança de desenvolvimento tecnológico com sustentabilidade, torna eficaz e rentável a produção agrícola do DF. Dados do IBGE apontam que em 2019 a Produção Agrícola Municipal gerou um valor de R$ 644,4 milhões por conta das lavouras de milho, soja, mandioca, feijão e trigo, além de uva, morango, goiaba, maracujá, entre outros.

“A população do DF precisa ter muito orgulho da nossa área rural. Brasília é uma das poucas capitais do Brasil com uma área rural significativa. Exploramos mais de 100 culturas diferentes. Entre elas, coisas que achavam que Brasília não produzia e hoje se prova o contrário”, comemora o secretário-executivo de Agricultura.

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